terça-feira, dezembro 01, 2015

este espaço chegou ao fim...

... mas há um novo (re)começo, menos pessoal, mais profissional e com outras 
coisas.

quarta-feira, março 04, 2015

boda naquele lugar

suponho que a repetição e a estagnação devem estar entre as coisas que mais perseguem aqueles que trabalham com música. um dj por exemplo, não tem como não fartar-se de misturar vezes sem conta o mesmo set, aliás, desconfio que a digitalização da música veio também ajudar nessa parte... para alguns é só programar um set e depois fazer gestos a fingir que toca! 

nos últimos tempos tenho apreciado o Kulas como se fosse uma bebida energética, no carro, em algumas casas em que ele se apresenta e em noites de trabalho como esta em que escrevo este post. gosto de ver e ouvir o kulas a tocar entre outra coisas, pela ausência de repetição que vejo nas suas performances, aliás, do outro dia um amigo bem dotado na música electrónica, disse-me em tom de seriedade que gosta de sair a noite para ver dj´s que apresentam-se em performances e não aqueles que tocam música electrónica! 

o boda de quintal da red bull music academy que pela segunda vez passou por Luanda foi uma noite assim... desde o lugar escolhido (um espaço com o nome naquele lugar!), o layout da comunicação até ao momento in da noite em que o Kulas e a Irina Vasconcelos quase que nos levaram para um abismo cheio adrenalina! foi também pela inspiração dos dj´s que a produção do boda safou de uma noite que quase se estragou pelo numero exagerado de gente no espaço e principalmente pela velocidade de tartarugas que os barmans serviam as bebidas. 
safaram-se.

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

do outro lado da cidade...

do B.O ao sambila (do bairro operário ao sambizanga, em tradução directa), no sábado foi entrar entre ruelas e becos de águas lamacentas, sol aberto, cheiro de peixe grelhado no passeio de estradas inexistente e crianças que inventavam brincadeiras do nada, um nada com muito valor apesar do vazio. 

os cotas, com rostos cheios de sorrisos felizes mas que contam outra história, fizeram lembrar-me do Félix Ventura... aquele personagem inesquecível de José Eduardo Agualusa que tinha o oficio de vender passados falsos! Félix Ventura tinha como clientes prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a emergente burguesia angolana com um futuro assegurado. faltava-lhes, porém um bom passado. Félix fabricava-lhes uma genealogia de luxo, memórias felizes, e até retratos dos ancestrais ilustres. 

no sábado, ao olhar para os sinais do passado nos olhos daqueles cotas, parece que via-lhes um Félix Ventura no passado a vender-lhe um futuro em grande... afinal, não foi nada disso que compraram. ainda assim, sorriem mesmo sabendo que o futuro que lhes foi vendido é falso. 

VêSó – iniciativa de registro fotográfico de bairros luandenses em via de extinção. 
bairro operário
   

DIZKUDURO SESSIONS #1 – Luanda street free party. 
sambizanga
 

terça-feira, janeiro 27, 2015

e nos 439 anos de Luanda, o VêSó foi a rua e mostrou-se as pessoas...

 







[clique no texto para ler na integra o artigo de Domingos Bento]