2014 foi um ano extremamente extravagante, onde tudo foi altamente positivo, ao mesmo tempo que tudo foi altamente negativo!
há pessoas, coisas e momentos que se cruzaram comigo e que talvez nunca se vão aperceber do real significado que teve para mim o simples facto de compartilharem comigo um momento de conversa.
não sei quem afirmou/inventou que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho estão entre as coisas obrigatórias que uma pessoa deve fazer na vida... nunca acreditei nisso por achar simplista a generalização das escolhas que cada um deve achar importante para sua própria vida.
2014 foi um ano em que fiz e vi algumas coisas que são para mim obrigatórias na vida de qualquer pessoa (isso, para ser também tão simplista ou até arrogante como a pessoa que afirmou/inventou a história da árvore, do livro e do filho). li a Chimamanda Ngoze, vi 12 Years a Slave, entrei para o mundo TEDx, aquela plataforma que muitos chamam de elitista, e vi a melhor performance real feita por um angolano da minha geração e que tenho muito orgulho em ser seu amigo. vi o Paulo Pascoal a dar um soco certeiro no epicentro do preconceito da nossa geração. aquele momento trouxe-me lágrimas de alegria e certeza que só daqui a muitos anos vamos todos perceber o real significado daquilo que o Paulo fez.
mas o ano foi também de outros momentos, de outras coisas e de outros regressos. a morte regressou em força e a capacidade de conviver e "ultrapassar" a sua dor é com certeza uma das maiores incertezas da vida. nenhum médico, feiticeiro algum, cientista, curandeiro, sábio ou o maior graduado na universidade da vida, foi capaz de explicar com uma lógica aceitável essa capacidade humana de viver com a morte! pelo Pedalé, pelo Jorge e pelo Kimwanha fui novamente obrigado a testar essa minha capacidade.
é difícil acreditar, mas é verdade que tudo isso foi em 2014!