sexta-feira, fevereiro 26, 2010

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Lisboa, um regresso quase obrigatório

ao primeiro dia, o frio, o anonimato, as pessoas, os olhares, a desconfiança, o policia, a menina que usa o visor do telemóvel como espelho para se maquiar, o emigrante que atentamente lê a pagina de classificados, a senhora que olha o vazio, a chuva, o paladar do restaurante porco espinho e a vendedora de castanhas que me reconheceu;

ao segundo dia, os amigos e as saudades que desapareceram nos abraços, nos sorrisos e nas conversas de longas horas;

e ao terceiro dia, o sol, o restauradores, o metro, o bairro alto, a baixa de chiado, o café com a melhor coxinha, Belém, o Museu Coleção Berardo, o BES Photo, o Body Without Limits de Judith Barry, a Retrospectiva de Robert Longo, o eléctrico amarelo, o cheiro dos pasteis de nata, o taxista guineense, a sobrinha que já tem dentes e antes que me esqueça, Invictus de Eastwood, que como disse Morgan Freeman, isso não é um filme sobre racismo é um filme sobre tolerância e inteligência.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

hoje, é um bom dia para assumir 34

o silencio é assim, por vezes tem motivações e nem sempre são as melhores, mas há vezes que do nada ele surge como justificação de um medo qualquer que andou por ai... e na despedida sem que me tenha apercebido do longo tempo que passamos juntos, agradeci-lhe pelo que fez e por aquilo que supostamente também deveria ter feito mas simplesmente não deixei por receio de que a sua estadia se prolongasse por muito mais tempo.

farväl!

hoje, escrevendo-te do assento X do comboio que liga Malmö a Kastrup, onde fica localizado o aeroporto de Copenhaga, vejo as saudades passarem-me pela janela em forma de relâmpagos com mensagens com aquelas metáforas que muito gostavas de usar para dizer-me que os regressos apesar de dolorosos serão sempre saudáveis.

e é verdade, o regresso é de longe, longe como o c..., como muitas vezes dizia o Velho, longe de tão distante que é!

Växjö fica algures a sul da distante Suécia, com temperaturas negativas, montes de neve, o Millas que serve um hot chocolate único, o Orient Kebab, a universidade com uma biblioteca que apresenta uma decoração arrojada e prateleiras que têm um exemplar do Africa Mix com destaque a pagina do cota António Ole, Igrejas Ortodoxas que mais parecem peças de arte, cemitérios lindos que apesar do frio eles parecem descansar em paz! e há mais, muito mais, o Teleborgs (castelo em sueco) Slott que fica bem lá no alto com janelas que me fizeram lembrar o Dom Quixote, o rio pequeno completamente absorvido pela neve e o rio grande que tantas vezes insististe que deveria ter conhecido.




com uma viagem que dura aproximadamente 2 horas de camioneta do centro de Växjö, Älmhult, é uma pequena cidade no meio do nada que se não fosse pelo Ingvar Kampard, é bem possível que hoje apenas seria conhecida por quem lá nasceu. mas como foi nela que o dono do IKEA abriu a sua primeira loja faz muitos e muitos anos, a cidade passou a ser visitada por muita gente que como eu simplesmente adora o conceito do IKEA. lá, tudo gira a volta da marca azul e amarela, um hotel, o Museu que infelizmente estava em obras, pais e filhos que lá trabalham, a Igreja de 1920 e os muitos curiosos que iam chegando.





se partisse sem a praxe habitual, talvez surgisse ao fundo gotas de arrependimento, por isso, pela manhã saímos e que nem crianças que visualizam algo inexplicável brincamos por cima, no meio e por baixo da neve.