segunda-feira, novembro 29, 2010

sábado, novembro 13, 2010

para ti, que nunca me lês!

estranho momento que agora passo, aqui sentado neste quarto que vezes sem conta vazaste porta a dentro apenas para saber se já tinha comido ou para tirar alguma duvida de informática sempre que decidias não escrever a mão!

estranho momento que agora passo, apercebo-me que nunca tinha escrito para ti, aqui desse quarto, o mesmo que vezes sem conta reclamaste da desarrumação, dos livros e revistas que se acumulavam no chão (ainda cá estão) ou das fotos que tapam as cores da parede.

estranho momento que agora passo, sinto que nunca te disse a felicidade que me trazias sempre que cá entravas... na verdade, sinto mesmo que o tempo que passamos juntos foi insuficiente... sinto que merecíamos mais... sinto que deverias estar por cá... enfim, sinto mesmo que todo esse espaço ficou vazio.

um convite aos de cá

sexta-feira, novembro 12, 2010

quarta-feira, novembro 03, 2010

segunda-feira, novembro 01, 2010

o post que se segue, é um presente a todos os “ausentes” que se mantêm presente no meu mundo

em criança e quem sabe ainda na barriga, a minha geração presenciou sem muito percepção musical, o fenómeno Kassav. os Kassav são uma banda da Martinica que cantam zouk, por vezes em crioulo por vezes em francês, e que no final da década de 80 deram em Luanda o primeiro grande show de estádio que o país viu. naquela altura em que nas festas de quintal dançava-se ao som de músicas de Juan Luis Guerra e outras ketas que agora fogem-me da memoria, eram os Kassav a banda mais popular em Angola.

a Jocelyne, que a par do Jean-Philippe Marthély, é volcalista da banda, sempre foi linda assim... e não duvido que naquela altura, era ela a mulher dos sonhos de muitos jovens.

quase vinte anos depois, a banda que até hoje faz sucesso nas farras dos bairros de todo o país, regressou a mesma cidade e ao mesmo estádio, e com todo o mérito de quem sabe o que faz, simplesmente arrasaram!

a chuva ainda tentou deter-lhes, eu próprio e com alguma desconfiança só saí de casa quando a rádio informava que estavam na cidadela quase 30.000 pessoas, apesar dos pingos que vinham lá do céu. quando cheguei ao show, já o Yuri da Cunha terminava a sua apresentação, rimos com o humorista Calado Show, mas a noite era mesmo da banda de Zouk La Se Sel Medikaman Nou Ni (que em criança a gente gritava, Zouk Zouk, nunca mais te vi, ta se achar!).

Angola já passou por muitas coisas desagradáveis, e hoje, de certeza que o país está melhor que na altura em que o zouk rebentou, mas na noite do show, havia no estádio da cidadela o sabor da saudade... um passado que apesar de todos os problemas existentes, deu-nos também algumas alegrias.