segunda-feira, dezembro 31, 2007

smile like you mean it

no final de tudo, o que por cá deixarei, sem tréguas, esperara por mim no outro lado da barreira.

o cheiro, o som, o paladar, a textura, a cor a voz e até a arrogância da solidão, esperam por mim sem nenhum momento de trégua!!!

é por isso que as passagens criam em mim alguma dor. TUDO se mantém.

soundtracks da minha passagem:
Placebo - Running up that hill
Fingertips - Move faster
Fool's Garden - Lemon Tree
Kate Ryan - Desenchantee
Kings of Convenience - Love is no big truth
Stone Sour - Through glass
System of a Dwon - Arials
The Killers - Smile like you mean it

sexta-feira, dezembro 28, 2007

as mudanças, serão sempre dolorosas...

passaste sem que te notasse o rosto,
mas tocaste-me assim, que será difícil desfazer-me do teu cheiro.

o passado tortura-me
o presente angustia-me
o futuro é 2008

para ti que nunca me lês

as lágrimas continuam congeladas!!!


Imogen Heap - Hide and Seek

segunda-feira, dezembro 24, 2007

este não é um post de natal...

é um post de desejos e sonhos...

para todos que por cá passam,
para todos de lá onde eu passo.



quinta-feira, dezembro 20, 2007

loucos, somos nós que aceitamos viver num mundo como este!

felizes daqueles que ao desprenderem-se deste mundo são considerados como loucos.

terça-feira, dezembro 18, 2007

se eu pudesse...

nada seria como foi...

nada seria como é...

nada seria [infelizmente] como sempre será.

sábado, dezembro 08, 2007

para ti que nunca me lês

não escrever-te, tem sido uma luta desigual entre a minha mente e os meus dedos.

cada um quer o oposto.

ultima compra

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Os passos

De quem são estes passos? De uma pessoa que morou aqui antes de nós, de ti, de mim que não paro quieto para diante e para trás no corredor, à procura de não sei quê, a tentar desembaraçar-me de não sei quê, a pensar não sei em quê, com medo? Não acredito que meus porque não ando assim neste ritmo, com um dos sapatos mais pesado que o outro, as tábuas não costumam estalar quando caminho e agora estalam, as paredes não costumam vibrar e agora vibram, o pajem de porcelana estremece na cómoda, sente-se a respiração das cortinas, uma vidraça a tremer, uma pausa e logo a seguir os passos de novo. Não me mintas, não me escondas nada, de quem são estes passos que se detêm à entrada da sala, me espiam, continuam? Ouvem-se solas de sapatos novos que parecem rãs de charco, uma respiração acho eu, de tempos a tempos um suspiro que se aproxima e afasta, esses sons da garganta que antecedem a fala e não falam, desistem, dão ideia de se ir embora e não se vão embora, não me deixam, de quem são estes passos? Se eu pudesse levantar-me da cama, vestir o roupão, ir ver. Olha, apareceu-me agora isto de repente, será a morte? Não me cheira que seja a morte porque a morte é uma mulher e os passos de homem ou pelo menos de uma coisa parecida com um homem embora mais pesada que um homem, um fantasma não porque os fantasmas leves e sem sapatos e depois, que eu saiba, os fantasmas não coxeiam nem fazem ruído algum, se calhar é o sangue nos meus ouvidos, qualquer coisa em mim, uma peça sei lá, que se desregulou a cambaleia, se o médico me abrisse a barriga o que encontrava dentro?
(...)

António Lobo Antunes

/encontrei prazeres na escuridão, que cá fora não os vejo/

Günter Grass

O que é uma boa história?
[pausa prolongada] É uma história que... [hesita] leva o leitor a conhecer coisas que pensa (acha, julga) sob um novo ponto de vista. Apresentar-lhe uma perspectiva nova de algo com que está familiarizado pode ser uma boa história. Ou quando se escreve sobre o passado e se recua à História e não existem documentos, mas supõem-se que as coisas podem ter sido assim e assim. Se, enquanto escritor, se está em condições de inventar os documentos inexistentes – mentir de uma forma verosímil - , com um bocado de sorte, podem sair daí boas histórias.

quinta-feira, dezembro 06, 2007