hoje, escrevendo-te do assento X do comboio que liga Malmö a Kastrup, onde fica localizado o aeroporto de Copenhaga, vejo as saudades passarem-me pela janela em forma de relâmpagos com mensagens com aquelas metáforas que muito gostavas de usar para dizer-me que os regressos apesar de dolorosos serão sempre saudáveis.
e é verdade, o regresso é de longe, longe como o c..., como muitas vezes dizia o Velho, longe de tão distante que é!
Växjö fica algures a sul da distante Suécia, com temperaturas negativas, montes de neve, o Millas que serve um hot chocolate único, o Orient Kebab, a universidade com uma biblioteca que apresenta uma decoração arrojada e prateleiras que têm um exemplar do Africa Mix com destaque a pagina do cota António Ole, Igrejas Ortodoxas que mais parecem peças de arte, cemitérios lindos que apesar do frio eles parecem descansar em paz! e há mais, muito mais, o Teleborgs (castelo em sueco) Slott que fica bem lá no alto com janelas que me fizeram lembrar o Dom Quixote, o rio pequeno completamente absorvido pela neve e o rio grande que tantas vezes insististe que deveria ter conhecido.
com uma viagem que dura aproximadamente 2 horas de camioneta do centro de Växjö, Älmhult, é uma pequena cidade no meio do nada que se não fosse pelo Ingvar Kampard, é bem possível que hoje apenas seria conhecida por quem lá nasceu. mas como foi nela que o dono do IKEA abriu a sua primeira loja faz muitos e muitos anos, a cidade passou a ser visitada por muita gente que como eu simplesmente adora o conceito do IKEA. lá, tudo gira a volta da marca azul e amarela, um hotel, o Museu que infelizmente estava em obras, pais e filhos que lá trabalham, a Igreja de 1920 e os muitos curiosos que iam chegando.
se partisse sem a praxe habitual, talvez surgisse ao fundo gotas de arrependimento, por isso, pela manhã saímos e que nem crianças que visualizam algo inexplicável brincamos por cima, no meio e por baixo da neve.