quarta-feira, maio 30, 2007

recuso-me a viver numa prisão aberta

durante o tempo que estive nas bandas, ganhei alguns “vícios” que hoje em dia e em qualquer parte do mundo que esteja, nunca abdico deles, excepto claro se a bufunfa ou o tempo não permitirem. o danone, a meia de leite, o croissant com fiambre prensado, um cinemazinho, andar a pé sem alguma preocupação ou quando aos sábados ia ao quiosque da aviação naval (aveiro) comprar o jornal expresso, só para dar alguns exemplos.
geralmente quando mudo de habitar ou cidade, tento sempre manter aqueles hábitos que no novo local onde me encontro posso realizar, e só o suspiro substitui aquilo que sinto falta. muito suspirei por causo do hambúrguer do ramona (aconselho a quem se deslocar para aveiro) nós meses que vivi em lisboa ou a falta que senti da culinária mangolê quando estive em malta.
hoje, que estou em terras da kianda, aceito viver sem algumas destas coisas porque é impossível tê-las por cá. agora o que não aceito, é abdicar de outras que posso muito bem usufruir cá na banda.
falo do meu “vicio” de gostar de andar a pé, e o facto de familiares e amigos fazerem de tudo para que eu pare. até certo ponto entendo e respeito a preocupação deles, afinal de contas a cidade esta tão violenta ao ponto que por causa de um telemóvel pode-se perder a vida! a par dos gatunos, são os policias que não param de me chatear sempre que saio de maquina ao ombro, a porque é proibido fazer fotos na via publica como já escrevi uma vez aqui. talvez até esteja a ter uma reacção radical sem pensar nas consequências, mas a verdade é que me recuso a viver como um preso solto no meu próprio pais. já basta ter de chegar em casa e não há energia, tomar banho a corrolar (entenda-se banho de caneca) porque a agua foi, agora, terei de abdicar também de andar a pé?
só espero que depois deste desabafo, o próximo post não seja sobre a historia do assalto que sofri na maianga, kassenda ou na banda da samba que tanto gosto de olhar as pessoas.

2 comentários:

Anónimo disse...

lita duarte

Oi!
É preciso envolvimento com a vida...reduzir o caos à harmonia.
Senão a gente não vive! E sim, apenas suporta o viver.

Gosto da maneira como você escreve.
Abraços.

João Carlos Carranca disse...

Amigo Júnior
Te entendo na perfeição.
Mas vamos mais fazer como se a gente gosta é mesmo da terra?
Me faltou kombu e imigrei, mas a saudade bate aqui dentro... mas depois a gente se habitua e cuts perder esses hábitos que a gente 'bebeu' por aqui.
Como eu te entendo, mas doi.