quarta-feira, setembro 19, 2007

luanda

por vezes, é um privilegio ser-se cego mudo e surdo de uma só vez!

5 comentários:

João Carlos Carranca disse...

porquê tanta tristeza?????

Lis disse...

Luanda há-de deixar de ser terra de surdos, mudos, cegos...tem de deixar de ser.

Salucombo_Jr. disse...

caro amigo jotacê,
não se trata simplesmente de "tristeza".
ver, ouvir ou falar com o sofrimento, torna-nos vulneráveis.

querida lis,
também acredito que assim será, alias, não temos outra alternativa.

Elypse disse...

Pegando na deixa da "Lis", Salucombo: Luanda, e restantes cidades da grande mãe África têm que se soerguer dos escombros criados pelos europeus e americanos... a vossa geração está a começar a fazer a diferença, mas são processos que demoram algum tempo. Só há um erro que vocês devem evitar daqui em diante: desistir.

Tudo podia ser melhor, mais rápido, se não houvessem sempre corruptos a governar e a baralhar. Infelizmente, este pormenor, também se aplica aqui aos da terra. Acreditem que me entristece ver esse belo continente, cheio de gente tão boa e humana, sofrer a privação que sofre. Este mundo de cá é um nojo, cujos governantes - uma cambada de filhos da puta - se sucedem com o propósito de manter a miséria que abunda pelo mundo. Reparem agora na ameaça da França ao Irão. Os EUA já estavam queimados, a dar demasiado nas vistas, tem que entrar outro na jogada - percebem? ( Isto é tudo a mesma merda, fingem-se rivais, que não pensam e querem o mesmo, para dar a ideia que não se trata de um único grupo e objectivo, mas trata)

Abraço e... Força (Isto é meio bizarro, mas a situação só vai começar a mudar quando África responder com violência - já deve ter faltado mais)

Abraço

Terra disse...

Caro Salucombo:
Sei bem do que falas (certamente já nos cruzámos por aqui). Acabo de ler o teu post no "Desabafos" sobre esta prisão aberta em que vivemos.
Querer ler e discutir, querer encontrar alguém que fale a mesma linguagem que eu, querer um espectáculo e não ter, querer ir ao cinema e só haver o "Talatonas".
Enfim... querer ser livre intelectualmente e ter de calar para não sucumbir perante o que se vê e se ouve.
Há-de melhorar... Sim? Um dia... (?) Mas eu já esperei os 30 anos e, como alguns da minha geração, começo a perder a esperança de ver o início do país pelo qual os meus pais lutaram e me ensinaram a amar.
Um abraço.