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*entradas a borliu, entenda-se grátis.
a infância é assim…livre como as ondas que ferem com violência as pedras ali postas.
não cresci por opção, porque se assim fosse, ainda estaria preso a frente do televisor a preto e branco mesmo sabendo que a cidade era toda de ouro.
encontrei-o no blog do Pedro Mexia.
hoje, caulei (comprei) As Mulheres do Meu Pai [que no Brasil a capa é lindíssima] de José Eduardo Agualusa a um preço exagerado, que por segundos cheguei a interrogar-me se o que estava adquirir não era por ventura um bem de luxo!!!
é verdade, a leitura transporta-nos para as terras do nunca, onde o bilhete de passagem não tem preço imaginável, ainda assim, penso que o livro devera ser considerado um bem público.
nunca o preço deveria ser responsável pela opção do leitor na compra de este ou aquele livro.
eles, também merecem o prazer de viajar, ainda que seja mentalmente.
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
Donna Maria
para o silêncio,
o único que não se cansa de ouvir minhas angústias.