*entradas a borliu, entenda-se grátis.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
um convite* aos de cá
*entradas a borliu, entenda-se grátis.
para ti que nunca me lês
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
terça-feira, fevereiro 26, 2008
personagens dos meus dias V
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
para ti que nunca me lês
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
"último" dia de trabalho
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
estado mental
terça-feira, fevereiro 19, 2008
o primeiro sms do dia...
terça-feira, fevereiro 12, 2008
personagens dos meus dias IV
para ti que nunca me lês
noutro dia,
talvez cheguemos ao ponto
de querer conversar sobre as aves
quem sabe,
sobre o mundo inteiro
ou a palma da mão adormecida
falar sobre o esquecimento
como se nada mais nos magoasse.
viessem algumas folhas amarelecidas
cair sob o nosso desespero
e não continuariamos calados
no absurdo quotidiano.
noutro dia,
quem sabe.
talvez ver-te chegar
pelo simples facto
de o querer tanto.
palavras: Cláudia Ferreira
musica: Walking With A Ghost by Tegan and Sara
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
um convite aos de lá
a poesia na blogosfera portuguesa
Combinando ilustração e poesia, "Poesia Quase Anónima" é uma
pequena antologia possível de novos autores dispersos pela blogosfera portuguesa.
*Selecção de textos:
Mercado Negro
*Design e ilustrações:
Menina Limão
meninalimão@gmail.com
Textos de:
*c-asa (carolina rodrigues) em A Casa Imaginada
*a.m. em A Imitação dos Dias
*margarete em Acknowledge (Or Whatever) Thyself
*nocturnidade (cláudia ferreira) em Agulha
*marta em Do Avesso
*martinha. (marta poiares) em Entre Linhas
*r. (rute mota) em Esta Distância Que Nos Une
*eyes shut em Eyes Shut
*gato legível em Gato Legível
*saturnine (raquel costa) em Little Black Spot
*pedro. em Loose Lips Sink Ships
*happy and bleeding em Morrer de Improviso
*mb em Musas Esqueléticas
*aida monteiro em O Perfil das Casas, O Canto das Cigarras
*hugo em Solvstäg
*o peixe que queria ser um tira linhas (rita alberto) em Tampadecaneta
*ana (ana filipa gonçalves) em Tarte de Rabanete
*clAud (cláudia caetano) em Tempo Dual
*lebre do arrozal (maria sousa) em There’s Only 1 Alice
*tratado de botânica (joana serrado) em Tratado de Botânica
*papel químico (sónia oliveira) em Triplicado
Patente na maria vai com as outras de 1 de fevereiro até 1 de março de 2008.
de segunda a sábado: 12h00-20h00/22h30-24h00
domingos e feriados: 15h00-20h00
um convite* aos de cá
de 15 a 22 de Fevereiro de 2008 no Instituto Camões
"de regresso a Luanda,
a minha terra natal, a da minha mãe e a
de toda a minha família do lado materno.
o estreitar laços entre três continentes
Africa, Europa e Ásia."
para melhor vizualização, click na imagem
*entradas a borliu, entenda-se grátis.
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
como eu era feliz!!!
a infância é assim…livre como as ondas que ferem com violência as pedras ali postas.
não cresci por opção, porque se assim fosse, ainda estaria preso a frente do televisor a preto e branco mesmo sabendo que a cidade era toda de ouro.
encontrei-o no blog do Pedro Mexia.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
livro...
hoje, caulei (comprei) As Mulheres do Meu Pai [que no Brasil a capa é lindíssima] de José Eduardo Agualusa a um preço exagerado, que por segundos cheguei a interrogar-me se o que estava adquirir não era por ventura um bem de luxo!!!
é verdade, a leitura transporta-nos para as terras do nunca, onde o bilhete de passagem não tem preço imaginável, ainda assim, penso que o livro devera ser considerado um bem público.
nunca o preço deveria ser responsável pela opção do leitor na compra de este ou aquele livro.
eles, também merecem o prazer de viajar, ainda que seja mentalmente.
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
há amores assim
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
Donna Maria
para o silêncio,
o único que não se cansa de ouvir minhas angústias.