sexta-feira, fevereiro 01, 2008

há amores assim


Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim

Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo

Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar

Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar

Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim

Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar

Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida

Donna Maria

para o silêncio,
o único que não se cansa de ouvir minhas angústias.

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

'Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar'
Gostei

Val Du disse...

O amor não é egoísta, mas sublime.
O amor independe do ser ou objeto amado: o amor tudo sofre, tudo espera. O amor liberta!

O silêncio nem sempre é paz; às vezes o silêncio é tortura, principalmente para aqueles que já sofreram com torturadores e sádicos despejando suas iras para satisfazer desejos ocultos de punição.

Nem tudo é o que parece.

A paz é um estado de espírito: é o equilíbrio entre a alma e o corpo.

Beijos