historias de lisboa

click Lisboa em Directo e veja o trabalho feito por alguns estudantes de jornalismo.

e se chegássemos AQUI, o que seria de "todos nos"?

porque ninguém mostra a calamidade?

faz alguns dias que não param de cair na minha caixa de correio mails com fotografias da situação miserável que se encontra Luanda por causa das chuvas.
ate ai tudo bem, também sou daquele que se tivesse oportunidade de lá estar fazia umas fotos para mostrar a verdadeira realidade da cidade que cresce com prédios e condomínios de luxo!
a minha admiração é que a maior parte das mensagens trás a palavra calamidade quando nas fotos o que se vê são imagens como um Toyota Prado que foi coberto pela água, tetos desabados em algumas casas no Mussulo (aquilo não é o teto de uma casa para alguém da classe baixa nem media) ou a estrada da Samba completamente cheia de lama e outras. mas onde esta a calamidade nestas fotos? ou será que ninguém tem coragem de fotografar realmente a calamidade? onde estão as fotos das muitas famílias (não sei o numero exacto) que ficaram sem casas, onde estão as fotos daqueles crianças que sei que estão ali no largo 1 de Maio porque não tem onde dormir, onde estão as fotos do estado em que ficou o lar Cuzola (lar que acolhe crianças órfãs de guerra)?

os lúcidos que me perdoem, talvez eu é que esteja a ver fantasmas ou nem sequer sei o significado da palavra "calamidade".

estado mental

foi na solidão que encontrei a solução para as minhas frustrações.

para ti, que nunca me lês!

(...)comemos qualquer coisa vimos um filme e fomos para cama aos beijos. não fizemos amor mas dormimos abraçados sentindo na pele a temperatura um do outro.

7h:00 da manha, toca o despertador, o sonho desfaz-se na memória e a vida continua.

Shooting Dogs

acabei de ver agora Shooting Dogs/Testemunhos de Sangue, e foi impossível não me recordar dos choros da menina que estava na fila a seguir a minha no dia em que vi Hotel Ruanda.
desta vez a experiencia foi diferente apesar que os dois filmes tratam da mesma questão, o genocídio de 1994 no Ruanda.
estavam na sala apenas eu e um casal duas filas atrás. a certo momento a jovem disse "that cannot be truth!", e ele respondeu "I don't know, maybe".
segundos depois, as lágrimas caíram e confuso porque não sabia se caiam pelo que estava a ver ou pelo que tinha acabado de ouvir, tirei o guardanapo de papel do bolso sequei os olhos e voltei a concentrar-me no filme.

noticias de Luanda II

as chuvas ainda não terminaram e agora vem ai mais um surto de cólera.

"relações"

primeiro: mais transparente não podia ser,
segundo: nevoeiro que desaparece rapidamente,
terceiro: falhas de energia constante,
depois: escuridão total.

pra não dizer que não falei das flores

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, contruções
Caminhando e cantado e seguindo a canção

Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição: de morrer pela pátria e viver sem razão

Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Charlie Brown Jr.
Composição: Geraldo Vandré

noticias de Luanda

chuvas, chuvas, chuvas e chuvas...
inundações, inundações, inundações e inundações...

um fim-de-semana de temperaturas baixíssimas na Europa, mas estranhamente aqui as coisas foram diferentes!

Sadahzinia & Waldemar Bastos - Hilia Mpoukalia Katagis

agradeço a quem poder ajudar

como sou puto e não vive nos anos 70, preciso de uma pequena ajuda. tenho um amigo que por razoes que não interessa dizer cá precisa de saber o seguinte:

Dá-me uma ajuda. Consegues saber se nos anos 70, na gíria angolana, ou no calão de Luanda ou algo assim, já se usava o termo bué? Bué e fixe, já agora. Tens de ter a certeza se já usavam nos anos 70. Entretanto, eu continuarei a investigar.

para quem souber, arcoires_s@hotmail.com é só enviar.

como sempre reajo com silêncio

na conversa com uma linda menina que queria saber o porque que algum tempo não me vê com o meu portátil. disse-lhe que tinha sido assaltado, quando ela dispara uma pergunta com aquele tom de afirmação:

was a fucking black?

relendo um bom livro

como sempre para mim, reler um livro é um exercício meio estranho porque quase sempre dou por mim a devora-lo como se nunca o tinha lido antes.
ontem, terminei de reler Bono on Bono, que já o tinha lido em portugues na véspera daquele inesquecível concerto dos U2 a 14 de Agosto de 2005 no estádio de Alvalade. inesquecível não só porque realizei um sonho (até hoje tenho um “trauma” por ter visto a guitarra do Edge a chorar na musica Love is Blindness) mas também porque a companhia foi aquele pessoa especial.
Mas voltemos ao livro num dos excertos que passo ao copy:

(…)
I’m not sure we accept that Africans are equal.
(…)
God will not let us get away with this, history certainly won’t let us get away with our excuses. We say we can’t get these antiretroviral drugs to the farthest reaches of Africa, but we can get them our cold fizzy drink. The tiniest village, you can find a bottle of Coke. Look, if we really thought that an African life was equal in value to an English, French, or an Irish life, we wouldn’t let two and a half million Africans die every year for the stupidest of reasons: money. We just wouldn’t. and a very prominent head of state said to me: “It’s true. If these people weren’t Africans, we just couldn’t let it happen.” We don’t really deep down believe in their equality.
(…)
But why are westerners still trying to solve the problems of Africa? How come Africans aren’t doing it by themselves?
If we see aid as investment, and the debt burden of these countries as unjust, and offer fairer trade conditions, Africa will be able to take charge of its own destiny. The reason for the T for Trade in DATA is, in the end, aid is not the way forward for the poorest people in the world. Trade is the way forward. We have to let the poorest of the poor trade with us. And, at the moment, we’re not letting them trade fairly with us. So when you say, “Why can’t Africans look after themselves?,” that is the only way forward for Africa: Africans taking charge of their continent. But at the moment, we won’t let them! Even after twenty-tree countries whose debts we’ve canceled now, there are still countries paying back to the World Bank and the IMF more money every year than they’re spending on health and education. These are dignified people, and they wanna get up off their knees. But it’s us that has them chained to the ground!
(…)

mas mesmo assim, ainda penso que apesar de alguns dos problemas terem sido criados por outros, temos de ser nos os africanos a resolver aqueles problemas que hoje atiram África para o fundo do posso.
na Lunda-Norte os mais velhos dizem assim:
se não tens sal ou óleo, o vizinho pode de dar hoje, amanha e depois mas nunca para sempre.

ouvindo
Carla Bruni - at last the secret is out

há coisas que simplesmente nos tiram a voz!

estado mental

tenho saudades tuas.

posso ligar-te para ouvir a tua voz?

lendo os outros

ontem, andando por ai encontrei este interessante blog ONE AT ALL PROJECT.
eles apresentam-se assim:
One single person from each country.
The most different cultures on planet talking about everything.

pode ser lido em inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, japonês, coreano, chinês e claro português.

e o Globo vai para...

estava com os copos mas me lembro do meu sorriso quando vi esta imagem no écran da televisão.
Sasha Baron Cohen
melhor actor num filme de comédia

anônimo said...

(...)mais a uma coisa nesta mensagem que me chamou atencao todos os emails e cartoes ja foram agradecidos mais o meu naoooooooo. Estou a espera beijo bem grande.

eu também esperei pela verdade que nunca chegou!

I have a dream today!

a ler agora o Geração Rasca fiquei sabendo que Martin Luther King completaria hoje 78 anos.
confesso que não sabia que nasci no dia de aniversário de um grande homem.

e ainda há uns que dizem que ler blogues é perder tempo!

porque hoje é o meu aniversário

quando eram meia-noite em ponto o telefone lá de casa tocou, já sabia que era aquela grande amiga que gosta de ser a primeira pessoa a me dar os parabéns.
os cartões enviados para o mail também já foram vistos e agradecidos.
o que realmente me surpreendeu neste meu aniversário, foi o carinho das pessoas que conheci em apenas quatro meses de Malta.
hoje pela manha caíram prendas que me puseram mesmo muito feliz.

legenda:
4 free drinks para a bebedeira de logo mais;
uma bandeira de Angola com dedicatórias escritas em maltes, russo, japonês, francês, turco, coreano, chinês, italiano, espanhol e português;
uma bandeira da Venezuela;
uma coroa feita com uma rolha de garrafa por um amigo que me chama príncipe africano;
o livro Bono on Bono;
um maço de parliamant o cigarro mais popular da Rússia;
um ticket para o filme Volver;
notas de 2 reias-Brasil, 10 lev-Bulgária e 10 rublo-Rússia.

como disse, nem tudo em Malta é mau

coisas simples.

e porque hoje recebi boas noticias

se eu tivesse seguido o conselho do meu pai, de certeza que hoje estaria quebrando a cabeça num curso de eng. civil que talvez nunca o terminaria.
felizmente consegui escapar das malhas do sonho dele e hoje estudo aquilo de que gosto, apesar de sentir que alguns próximos não me entendem!

nos não sei quantos 1.000.000 (os zeros continuam até ao numero exacto) de habitantes neste mundo, é bom fazer parte daquele grupo de pessoas que são felizes com aquilo que fazem.
é por isso, que hoje entendo bem porque que um dia Washington Olivetto disse:
Eu tive a sorte de fazer aquilo que eu queria fazer e, dentro disso, o trabalho vira prazer. O trabalho vira uma coisa meio lúdica; você consegue ser, realmente, o melhor você que você poderia ser...

este merece post!!!

gentilmente "roubado" em Há vida em Markl através do You Tube.

Magic Johnson fala

li a entrevista num link que encontrei no Amante Professional.
Fiz copy apenas de duas perguntas, porque foram as respostas que mais gostei de ler.

Pergunta: Como sua família reagiu ao fato de você contrair o HIV?
Johnson: Minha, esposa, Cookie, estava grávida na época do meu filho EJ. Eu achava que a coisa mais dura que eu teria de fazer alguma vez seria jogar contra Michael Jordan e Larry Bird. Mas a coisa mais dura que eu realmente tive de fazer na vida foi ir para casa e contar à minha esposa que eu tinha HIV.Graças a Deus ela estava bem e o bebê estava bem. Quando eu disse a ela que entenderia se ela quisesse ir embora, ela fez como Mike Tyson e me bateu na cabeça. O melhor foi que ela ficou comigo.
Estou aqui para dizer a vocês que o HIV está por aí à solta. Vocês precisam fazer as decisões e escolhas corretas.Não sou ingênuo de pensar que os jovens nesta sala não fazem sexo. Se fizerem, protejam a si e aos seus parceiros. Mas o sexo mais seguro é não fazer sexo.

Pergunta: Que conselho você dá para os estudantes hoje em dia?
Johnson: Não tem nada a ver com a roupa que você usa. Não tem nada a ver com quem você anda. Tem a ver com você cuidar da sua vida. Não deixe que a pressão dos colegas leve você a fazer algo que não devia. Sonhe grande, vá atrás dos seus sonhos.
Tudo o que você quer na vida você vai conseguir se tiver uma boa educação.

o resto pode ler aki: Jornal de Itupeva

Waldemar Bastos & Dulce Pontes - Velha Chica (live 1999)

Subject: Denúncia sobre seu PROFILE no Orkut.

Fomos notificados sobre, denúncias graves em seu profile, algumas delas como PEDOFILIA.
Você, tem 2 dias úteis para entrar e abrir o link abaixo para cancelar o pedido decancelamento do seu orkut.

recebi este mail hoje.
e eu que nem uso o tal de orkut!

conversa no Pub

(...)
eu - de que pais és tu?
ela - sou russa. e tu?
eu - sou angolano.
ela - isso é África?
eu - sim.
ela - em que parte fica, centro?
eu - não, sul.
ela - mas Anastacia disse-me que és de Portugal.
eu - não, eu vivo em Portugal.
ela - conheço um jogador português.
eu - figo?
ela - não o ronaldo.
eu - hamm, e sabes onde fica Portugal?
ela - sim, ao lado do Brasil.
eu - !!!
(...)

preconceito esta em todo lado

eu não sabia que os caras lá do outro lado do oceano tinham tanto problema com a escolha sexual de cada um, e olha que pelo que sei, por lá há muitas bichas. nos últimos tempos tenho estado com alguns caras que sinceramente já me estão a deixar enojado.

calço os meus all star com florinhas de cor lilás, que tanto gosto; e ai brother tu hoje ta com tennis de bicha.

saio com o meu polo cor-de-rosa; ei cara você hoje ta parecendo que nem uma bicha lá da minha cidade.

do outro dia estávamos num café, alguns pediram cerveja e outros café, a minha escolha foi chá de limão; fortes gargalhadas, isso é coisa de mulher!

mas ontem, quase me engasguei de tão surpreendido que fiquei.
estávamos na camioneta e uma amiga perguntou se alguém queria creme para as mãos, como para mim é normal disse que sim e nem sequer estava ai por ser o único homem a querer o "maldito" creme. a pergunta veio logo a seguir: ei ngoi confessa pra gente, você é gay?
olhei para o jovem e pensei, mas será verdade o que estou ouvindo! e respondi: sim sou gay. (risos) a gente já sabia.

claro, sabem tudo menos que estão cegos de tanto preconceito.

fim das ferias

então, é este o tal de 2007?

normal para uns, estranho para outros

penso que a maioria das pessoas hoje em dia antes de fazerem uma viagem, perdem algum tempo na internet e não só a pesquisar sobre o local para onde vão de viagem. eu também não fugi a regra, e antes de vir para cá passei horas na net lendo sobre este pais.

foi assim que fiquei sabendo que Malta não usa euro como moeda nacional, apesar de estar na união europeia (janeiro de 2008 mudam o lira para a moeda europeia). li também que o maltes é uma língua em que mistura-se árabe (60%), italiano, francês e inglês (só como exemplo, bom dia em Maltes diz-se bonjour).

mas como nem tudo é possível encontrar em livros ou pela net, só no local podemos nos aperceber do restante.
quando cheguei cá foi impossível não notar que eles são muito religiosos (católicos na sua maioria), é possível ver-se a porta de muitas casas a santa não sei das quantas, há símbolos católicos por tudo quanto é rua, as camionetas estão cheias de imagens de jesus cristo, já reparei que muitas pessoas rezam um pai nosso que estas no céu... antes de entrar ou sair do bus (gosto mais de camioneta). estranho para mim, mas o hospital central esta também cheio de símbolos católicos (santas, santas e mais santas) e nas urgências passa um padre para benzer a sala de X em X tempo, sem se importar com os doentes ou familiares dos mesmos que por alguma razão possam ser muçulmanos, protestantes ou outra qualquer.

de tão religiosos que são, fiquei sabendo que por cá na existe divorcio na constituição, ou como explicaram-me "aquilo que deus junta, o homem não separa"(???). possas os muçulmanos que tem a fama de radicais nestas coisas, ainda tem a fezada de gritar três vezes eu te repudio, e prontos ganham o divórcio (pena é que as mulheres podem gritar ate perder a voz e não apanham nada).

no outro dia, falando sobre este tema com algumas pessoas que vivem cá a mais tempo, diziam eles que é proibido os clubes de vídeo terem secção pornográfica ou lojas que vendem DVD's, venderem este "pecado". um mais radical disse mesmo com todas palavras, em Malta não há filmes pornográficos! por exemplo, o filme Monster's Ball com Halle Bery (oscar de melhor actriz com esta representação) e Billy Bob Thornton, não teve direito a salas de cinemas, simplesmente porque a igreja censurou aquela fantástica cena de sexo, que para quem viu o filme sei bem que se lembra.

chega (por hoje).
sei que algumas pessoas perguntam-se porque só escrevo posts a dizer mal da malta de Malta, já houve até um anónimo que me questionou se esta terra é tão ma porque que voltas para tua?

não é verdade que tudo por cá é mau, só para dar um exemplo de algo que aprecio bastante é o facto de que a qualquer hora do dia ou da noite ser possível comer (chinesa, italiana, indiana, burger king, macdonald, etc) o que não acontece em algumas das grandes cidades europeias. incrível, nem natal nem final de ano pára-se de trabalhar, quem dera nascer num pais com este hábito.
há ainda outras coisas boas, mas infelizmente ate agora não consegui tira-las do simcard da maquina fotográfica.