quinta-feira, fevereiro 28, 2008

para ti que nunca me lês

é. 
é verdade que tenho escrito muito para ti, mesmo sabendo que as palavras depositadas naquele monte de papel quadriculado jamais saberão qual é a sensação de serem observadas por um olhar tímido e húmido como aquele que lançaste no dia em que recebeste a minha primeira carta.

também é verdade que elas não param de perguntar porque que lhes escrevo sem que possam ter o prazer de conhecer a sua destinatária.

é ainda verdade, que te escrevo, porque só assim alimento a faminta saudade que não se cansa de comer.

tens razão, é tudo verdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Saudade é coisa que quase mata a gente...

Você é muito lindo!
Adoro você.

Muitos beijos.

Flor de Angelim