entre outras coisas que muito gosto me da em fazer desacompanhado, andar por ai deve estar no topo. paro quando quero, ando até onde quero, fotografo o que quero, observo o que quero, sem ter o desconforto de ter alguém ao lado querendo conversar quando me apetece apenas estar em silêncio e olhar as pessoas que entram e saiem do café que me encontro.
partir para locais em que me sinto mais um anónimo entre os milhares, é uma sensação que me agrada... os olhares cruzam-se nas carruagens do metro mas ninguém ousa abordar o outro. a pouco, na linha amarela do metro de Lisboa a criança do banco ao lado lambuzava-se toda com caramelo, a mãe incrédula ralhava com ela ao mesmo tempo que me lançava um discreto olhar de desconfiança ao ver a minha cara de felicidade... sim, estava feliz, são momentos que sinto saudades de presenciar.
a meia de leite, o croissants prensado com fiambre e o sumo de laranja natural abrem em mim um sorriso de satisfação que andava sumido por ai. na minha frente continuam a entrar e a sair anónimos, na televisão sem som passa imagens do incêndio que ocorreu ontem na Avenida da Liberdade, por cima da mesa tenho a ultima GQ edição inglesa, que trás na capa a belíssima Charlize Theron mas é entre a pagina 195 e 201 que esta o artigo que me chamou atenção.
Welcome to the world´s richest poor country.
In six years Angola has been transformed from war-torn black spot to one of the fastest-growing economies on earth. Money pours in as fast as its fuel pours out, but the riches are soaked up by a gilded few in its capital, Luanda. For the masses, poverty, not prosperity, is the reality.
It is a rainbow nation – mazambicans, brits, french, chinese – united in one cause:
To get rich.
(...)
vou partir sem saborear a vontade o cheiro a pão de leite que tem Lisboa (sim, para mim cheira a isso mesmo!), mas quero voltar.
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