segunda-feira, julho 07, 2008

vou andar por ai...

entre outras coisas que muito gosto me da em fazer desacompanhado, andar por ai deve estar no topo. paro quando quero, ando até onde quero, fotografo o que quero, observo o que quero, sem ter o desconforto de ter alguém ao lado querendo conversar quando me apetece apenas estar em silêncio e olhar as pessoas que entram e saiem do café que me encontro.

partir para locais em que me sinto mais um anónimo entre os milhares, é uma sensação que me agrada... os olhares cruzam-se nas carruagens do metro mas ninguém ousa abordar o outro. a pouco, na linha amarela do metro de Lisboa a criança do banco ao lado lambuzava-se toda com caramelo, a mãe incrédula ralhava com ela ao mesmo tempo que me lançava um discreto olhar de desconfiança ao ver a minha cara de felicidade... sim, estava feliz, são momentos que sinto saudades de presenciar.



a meia de leite, o croissants prensado com fiambre e o sumo de laranja natural abrem em mim um sorriso de satisfação que andava sumido por ai. na minha frente continuam a entrar e a sair anónimos, na televisão sem som passa imagens do incêndio que ocorreu ontem na Avenida da Liberdade, por cima da mesa tenho a ultima GQ edição inglesa, que trás na capa a belíssima Charlize Theron mas é entre a pagina 195 e 201 que esta o artigo que me chamou atenção.

Welcome to the world´s richest poor country.

In six years Angola has been transformed from war-torn black spot to one of the fastest-growing economies on earth. Money pours in as fast as its fuel pours out, but the riches are soaked up by a gilded few in its capital, Luanda. For the masses, poverty, not prosperity, is the reality.

It is a rainbow nation – mazambicans, brits, french, chinese – united in one cause:
To get rich.
(...)

vou partir sem saborear a vontade o cheiro a pão de leite que tem Lisboa (sim, para mim cheira a isso mesmo!), mas quero voltar.

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