domingo, agosto 29, 2010
sexta-feira, agosto 27, 2010
para ti, que nunca me lês!
Aurora - Waldemar Bastos (featuring the London Symphony Orchestra)
são tantas, as saudades que sinto do teu funge.
quinta-feira, agosto 19, 2010
quarta-feira, agosto 18, 2010
terça-feira, agosto 17, 2010
segunda-feira, agosto 16, 2010
descobertas
Tás a ver. [Colectivo-Multimídia-África_Brasil]
Akwaaba Music [Akwaaba is a platform for African pop culture]
sexta-feira, agosto 13, 2010
Ruy Duarte de Carvalho, também já se foi!
Pelo que, neste momento, me considero em excelentes condições para dizer de Angola e destinar o que poderei ter para dizer tanto aos de "fora", porque estive dentro, como aos de "dentro", porque andei por dentro daquele "dentro" [...]
quinta-feira, agosto 12, 2010
cá está um post que deveria ser gigante.
Eu acho que o Brasil e Portugal, com os outros países de língua portuguesa, têm de parar com essa coisa de ficar mudando as regras ortográficas. Eu acho que é uma coisa que não ajuda em nada. É uma perda de tempo. Cria confusão, inclusive dá prejuízos. Já imaginou o que vai acontecer? Colecções de livros vão ter que ser jogadas fora e reimpressas, para obedecer a uma nova ortografia porque uma ou duas pessoas resolveram mudar a maneira de escrever a língua. Isso é uma arbitrariedade. Quem é que outorgou a essas pessoas o direito de fazer isso? A língua é património do país, da população, não é propriedade de ninguém. Não pode haver uma entidade que decide mudar a língua de todo o mundo. Isso é um absurdo. É uma coisa precária, que cria confusões, porque é impossível você encontrar uma forma de colocar todos os países de língua portuguesa em que não se crie ambiguidade nenhuma. É um sonho vão. A ortografia tem de ser uma representação da linguagem falada. Então é uma bobagem. Uma perda de tempo.
Ferreira Gular no i
quarta-feira, agosto 11, 2010
terça-feira, agosto 10, 2010
segunda-feira, agosto 09, 2010
o dia em que a M passou a tratar o G como seu esposo
em Angola como em muitos países africanos, a festa de casamento é mais da menina do que do menino.
em Angola como em muitos países africanos, a festa de casamento é o culminar de uma serie de momentos, como o namoro, a apresentação do namorado aos pais da menina, o consentimento de namoro, o pedido que a família do menino faz a família da menina para que ela seja a sua futura esposa, e por fim, o casamento, que é o acto em que o pai orgulhoso faz a entrega da mão da sua menina ao rapaz que daí em diante será o esposo e o responsável para que nada falte aquela rapariga.
em Angola como em muitos países africanos, as gerações mais jovens já não se manifestam em actos tradicionalmente muito ricos, exactamente da mesma forma como se fazia antigamente.
em Angola como em muitos países africanos, as famílias preparam-se financeiramente com alguma antecedência para que num acto como é o casamento entre dois jovens, nada falte aos muitos convidados que vêem de todas as partes do país e por vezes do estrangeiro.
em Angola como em muitos países africanos, a celebração do casamento de um filho, irmão, primo, neto, sobrinho, genro ou amigo, é feita geralmente com muito entusiasmo e alegria.
em Angola como em muitos países africanos, a celebração do casamento, é o momento onde todos rezam, cantam, dançam, comem, brincam, riem, gritam, sem nunca esquecer de agradecer aos que já partiram o seu contributo pelos ensinamentos que deram a menina que hoje é a esposa, e ao rapaz que hoje é o marido.
quinta-feira, agosto 05, 2010
hoje, é um bom dia para assumir 42
Estamos Juntos
sempre defendi e continuo a defender que o artista depois de atingir determinado nível, perde totalmente a nacionalidade. exemplos hoje não faltam de casos de músicos que os seus povos perderam o direito de os reclamar como "produtos" nacionais. por acaso, existe algum brasileiro que me pode obrigar à aceitar que o Caetano Veloso é deles, ou malianos acharem-se com os direitos de Salif Keita? José Eduardo Agualusa por exemplo, a muito que deixou de pertencer aos angolanos. todos eles e muitos outros, hoje, são de todos nós e mesmo que alguém não aceite, está é a minha opinião
.
o mais velho Waldemar Bastos é assim, é de todos e para todos e não adianta dizer que a Velha Chica é angolana, existem pelo mundo muitas velhas chicas, mas quem cantou gostoso foi o kota.
passou muito tempo desde o dia que vi o Waldemar Bastos ao vivo em Lisboa e também, passou muito tempo que Luanda não via ao vivo o homem da Pitanga Madura.
o festival trouxe-nos o cota que a par de Oliver Mtukudzi, era quem eu mais queria ver.
sou muito novo e não sou critico musical, mas sei que país não sabe com nitidez clara quem é o Waldemar Bastos e o que a sua música realmente significa. infelizmente, o mundo reconhece o sabor da pitanga que cá dentro é poucas vezes explorado, talvez por razões que não fazem parte da minha geração, mas que de alguma forma também nos prejudicam.
na actuação do homem que em 1990 apelidou Angola como sua namorada, éramos poucos, mas bons, como ele falou, e foram esses poucos que no dia do encerramento do festival subiram ao céu com a performance mais simples e mais limpa de toda a festa. no palco, 3 cotas, 2 jovens e uma grande vontade de tocar e cantar musicas que querendo ou não, estão cravadas na história desse povo.
as lágrimas do cota em pólo azul bebe que não conseguiu esconder as saudades de alguma coisa que não percebi, ficou comigo como a imagem de uma noite simplesmente doce.
[Clássicos da Minha Alma, novo álbum de Waldemar Bastos que será lançado dia 14 de Agosto.]
quarta-feira, agosto 04, 2010
terça-feira, agosto 03, 2010
segunda-feira, agosto 02, 2010
Conjunto Ngonguenha e Nós os do Conjunto
já uma vez disse aqui que os ngonguenhas não têm pinta de niggas nem de kuduristas, o Conjunto Ngonguenha, são para mim pedaços da minha infância... o disco agora lançado, tem muito das estorias que antigamente aconteciam pelos bairros da cidade e a ouvir a sua música, não tem como não aproximar-lhes do Ondjaki, alias, ouvindo Nós os do Conjunto, veio a mente Bom Dia Camaradas e aqueles momentos que dificilmente os putos de hoje vão experimentar.
por outro lado, os ngonguenhas, não são comerciais e são inevitavelmente putos, sim, putos que atiram nas suas letras temas actuais de uma sociedade que se tornou demasiada esquisita para quem como nós, teve uma infância de alguma forma especial.
resumindo, Nós os do Conjunto é bwê fixe tipo icepop [english pronúncia].
domingo, agosto 01, 2010
a cidade agradece mas rejeitou o preço
depois de muitos contactos daqui e dali, lobbis via sms, e-mail e outras vias para conseguir uma credencial de imprensa para que pudesse fotografar à vontade, desisti e resolvi ir da forma tradicional. ticket à mão.
tinha muita expectativa para ver o Oliver Mtukudzi mas não consegui e fiquei sem entender porque que não se vendeu cd´s dele no dia em que ele actuou!
assim, corri para chegar a tempo dos 340ml que actuaram no Palco Welvitchia e que, para Luanda tinha uma iluminação fora do comum, excelente. sabia pouco sobre a banda, escutei algumas musicas por recomendação dos amigos das tertúlias que depois de uma viagem a Maputo regressaram com essa descoberta. estranhei que a maior parte do público conhecia a banda e os gritos em coro, fizeram com que os músicos em palco sentissem que estavam em casa. e estavam mesmo, pois, surpreenderam com uma agradável surpresa... Conjunto Ngonguenha para um dueto que quase fez o pessoal delirar.
o Ronny Jordan é cota e sabe como falar (tocar) para e com o público. fez-me lembrar os tempos em Malta, havia um bar de Jazz que frequentávamos mais pelo ambiente cosmopolita do que pela música. o homem que tocava guitarra, sempre que interpretasse Ronny Jordan, punha uma t-shirt com a frase: this is my god!
nos últimos tempos, vi o Nanutu duas ou três vezes ao vivo. o Nanutu, toca, dança duma forma muito própria e fala, na sua vez de ocupar o palco, aproveitou a brecha para falar: queria pedir ao pessoal da zona VIP que fizessem o favor de fazer silêncio, viemos cá todos para assistir ao Festival de Jazz. o público não vip agradeceu e a festa continuou.
quando descobri o Caipirinha Lounge, descobri também os Freshlyground durante algumas noites, li e ouvi tudo que encontrei online sobre essa grande banda sul africana... aliás, antes disso nem sequer sabia que tinham sido co-autores do sucesso muscial Waka Waka. os Freshlyground têm na sua vocalista Zolani Mahola um certo destaque não só pela sua voz especial ou pelo seu look tradicional + cool, pessoalmente penso que muito também pela atitude forte que tem em palco. cantou, gritou, dançou, conversou, transpirou e deu-nos um noite incrível. fez bem a organização quando decidiu repetir esta banda da primeira para a segunda edição do festival. por mim, não tenho como evitar, tive um pequeno descuido pela Kyla-Rose Smith a menina do violino... por segundos, achei que pousava só para minha objectiva a medida que tocava, dançava de uma forma que dava gosto e ainda lançava ao ar aquela voz! sempre tive admiração por pessoas que tocam determinados instrumentos e ao mesmo tempo conseguem dançar. fotografei aquele olhar 83 vezes!
ontem, faltei a Lura, ao Gabriel Tchiema, ao Jonas Gwangwa, ao João Oliveira, ao George Benson que hoje se repete, ao Blick Bassy e ao Lenine que faz muito tempo que lhe persigo mas sem sucesso. infelizmente, perdi uma grande noite.
[imagino que deve ser muito difícil organizar eventos do género, mas em todo caso, penso que algumas falhas não deveriam existir. as pessoas que vão a esse tipo de festivais esperam sempre puder comprar cd´s das bandas que actuam, principalmente daquelas bandas que não conheciam mas que ficam maravilhados com o performance em palco.
imagino que deve ser muito caro organizar eventos do género, mas com preços deste nível, vamos continuar a ter um festival assim, só para alguns, e esses alguns que na sua maioria tiveram bilhetes de oferta. queremos um festival cheio porque a boa música não deve ser nunca uma coisa restrita.
o festival é em Luanda e Luanda só tem uma língua oficial, o português. então porque que os bilhetes vêem com aqueles textos de responsabilidade escritos em inglês? o número de apoio que surge no verso pareceu-me ser da África Sul!
mas como ELES não me vão ler, deixemos dessas coisas.]
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