sábado, julho 30, 2011

a minha Luanda

ontem quando terminou o primeiro dia de festival, tinha decidido que assim que chegasse a casa iria escrever sobre o Rui Veloso, o Emmanuel Kanda, o Ismael Lo, sobre os Liquideep que muito me surpreenderam, mas o cansaço por causa da festa que foi o Black Coffee fez-me adormecer. hoje, ao acordar, as coisas mudaram... talvez por já ter passado algumas horas e a euforia já estar mais controlada, pensei que afinal queria escrever sobre a felicidade das pessoas que ontem estiveram no cine atlântico.

ontem foi um dia incrível para a cidade, sem muitos exageros e nem tentando ser alguém que lê a mente das pessoas, a verdade é que os luandenses tornam-se felizes quando são acarinhados, e o que esse festival veio trazer as pessoas antes de tudo, foi a felicidade de momentos que um grupo muito reduzido de luandenses tem acesso sempre que está fora do país, e isso, tem o seu grau de importância para todos aqueles sabem o significado real do que é viver em Luanda. não há duvidas, mesmo os que até agora resistem em não acreditar no esforço que um pequeno grupinho fez para fazer os luandenses um pouco mais felizes, algum dia, todos nós teremos e agradecer por esses momentos.

na conferência de imprensa de ontem, perguntei ao director do festival, António Cristovão se eles já tinham despertado para a realidade daquilo que o festival começa a representar para uma cidade que anos e anos foi desprezada culturalmente. não me lembro da resposta, mas ontem vi no sorriso das pessoas a cede da felicidade e a afirmação de que nós também merecemos isso.




[apesar de bebe, vê-se que a organização vai melhorando de festival para festival...há alguma inexperiência mas nenhum bebe nasce com a carta de condução, é preciso crescer, estudar, aprender até chegar o momento. não adianta exageramos nas comparações, ainda temos muito que fazer até chegar lá... mas definitivamente é preciso que quem decide as coisas nesse país acarinha essas pessoas porque se não, talvez não cheguemos lá.
a produção está muito melhor, até agora o horário foi respeitado mas é preciso trazer mais gente ao festival. os preços, os preços, continuaremos a gritar até que alguém nos oiça. como no ano passado, também este ano penso que faltou mais material dos músicos, havia apenas Ismael Lo e Mayra Andrade... como eu, muita gente não conhecia Emmanuel Kanda ou Liquideep e queríamos levar um cd para casa que infelizmente não havia!
ao público, só uma pequena nota negativa, um show com aquele intusiamo que foi o do Ismael Lo não se pode assistir colados as cadeiras... faltou as pessoas dançarem, a felicidade não se esconde.]

1 comentário:

Naicoco disse...

Lindo!! Lindo!! Lindo!!
e pronto, fiquei com uma lagrima no canto do olho, pq quando se fala de Luanda, apodera-se de mim muitos sentimentos...:)