os últimos dias em São Tomé tem sido com alguma correria, o objectivo é conseguir visitar lugares que fomos tendo conhecimento desde que chegamos. outras praias, outros restaurantes, outras barracas onde se come muito bem, outras roças, outras coisas, etc.
a ideia que se tem quando se está numa ilha, é que há boas praias em todos os pontos sem necessidade de se percorrer grandes distancias. a lagoa azul é uma praia que fica alguns quilómetros a norte da cidade e com uma vista de cima que da a ideia duma piscina com rochas pretas a volta! de dentro da água a vista é verde que nunca mais acaba. no regresso do banho almoçamos no restaurante A Selva, um peixe borrifado com azeite acompanhado com pãozinho quentinho que me fez esquecer o arroz. por momentos, parecia que estava numa tasca na baixa do Porto, muito bom.
ontem regressamos da ilha das rolas, um lugar bastante conhecido porque é lá que se encontra o ponto onde passa a linha do equador, e com muita sorte, um lugar onde se pode ver tartarugas. não tivemos sorte com as tartarugas, mas o lugar é extraordinário com a condição de que não se deve dar muito atenção ao péssimo atendimento que é prestado. a ideia, é mesmo desfrutar do clima, do som dos pássaros, do peixe na praia servido pelos pescadores e degustado com as mãos, dos cães que correm atrás dos porcos, da vista do miradouro do amor, da simpatia das pessoas e não prestar atenção ao mau atendimento.
no regresso da ilha aconteceram algumas situações desagradáveis que pouco interessam mas que fizeram com que a nossa travessia fosse feita de noite. na canoa sem qualquer iluminação, as dez pessoas vieram quase em silêncio. o mar falava mas ninguém respondia e só quando cruzamos com outra canoa o silêncio foi interrompido com gritos de saudação para logo a seguir voltarmos ao silêncio. o miniautocarro que nos esperava estava cheio mas com algum jeito, todos entraram. a estrada era estreita com curvas e contra curvas no meio das árvores... as pessoas vinham também em silêncio até a senhora da frente começar a cantar e todas as outras acompanharem apenas no momento do coro... eram musicas em língua nacional e a maioria delas conhecia bem porque são as mesmas que em Angola as senhoras mais velhas cantam nos óbitos. não percebi a ideia, o certo é que assim que entramos para cidade o sentimento de alivio era geral. enfim, chegamos.
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