os ponteiros do relógio marcavam 11h e tal da manha, no momento que atravessava a avenida revolução de outubro que divide o bairro do catambor e do chaba, faço um compasso de espera e começo a disparar. a determinado momento consegui captar o candogueiro que atropelou uma pessoa e na maior normalidade continuo para o seu destino. fiquei confuso, mas continuei a disparar na direcção do corpo deitado no asfalto quente já rodeado por algumas pessoas.
jovem, acompanha-me. disse o homem a civil que tocou-me no ombro!
perguntei porque. identificou-se com o seu cartão em que pude ler policia. fomos até ao contentor que estava alguns metros do local do “crime”, que era um posto de comando da polícia nacional. porque que estas a fotografar na via publica? tens algum cartão da tpa ou rádio nacional que te autorize a tirar fotografias neste local?
da minha boca só saíam respostas negativas e por isso disse-me que a maquina estava apreendida. vamos aguardar pelo carro da patrulha e na esquadra os peritos vão tomar conta da situação.
3 ou 5 minutos depois apareceu o amigo que me vinha buscar. mas conhecedor que eu de como se resolve estes “impasses” conversou com o sr. agente que em seguida fez-me deletar todas as fotos que tinha no memory card. depois de um pequeno sermão, aconselhou-me a ter cuidado e não andar por ai a fazer fotos, porque sem autorização posso arranjar problemas graves com as autoridades.
de tanta atenção que o sr. agente deu ao meu “crime”, nem sequer teve a preocupação de me perguntar se eu tinha conseguido captar o candogueiro que tinha acabado de cometer um crime. bastava usar o zoom e de certeza que as autoridades iriam conseguir obter a chapa de matricula da referida viatura, mas pelos vistos o meu “crime” teve mais atenção porque foi mais grave!
jovem, acompanha-me. disse o homem a civil que tocou-me no ombro!
perguntei porque. identificou-se com o seu cartão em que pude ler policia. fomos até ao contentor que estava alguns metros do local do “crime”, que era um posto de comando da polícia nacional. porque que estas a fotografar na via publica? tens algum cartão da tpa ou rádio nacional que te autorize a tirar fotografias neste local?
da minha boca só saíam respostas negativas e por isso disse-me que a maquina estava apreendida. vamos aguardar pelo carro da patrulha e na esquadra os peritos vão tomar conta da situação.
3 ou 5 minutos depois apareceu o amigo que me vinha buscar. mas conhecedor que eu de como se resolve estes “impasses” conversou com o sr. agente que em seguida fez-me deletar todas as fotos que tinha no memory card. depois de um pequeno sermão, aconselhou-me a ter cuidado e não andar por ai a fazer fotos, porque sem autorização posso arranjar problemas graves com as autoridades.
de tanta atenção que o sr. agente deu ao meu “crime”, nem sequer teve a preocupação de me perguntar se eu tinha conseguido captar o candogueiro que tinha acabado de cometer um crime. bastava usar o zoom e de certeza que as autoridades iriam conseguir obter a chapa de matricula da referida viatura, mas pelos vistos o meu “crime” teve mais atenção porque foi mais grave!
1 comentário:
A propósito de FOTOS aqui vai uma dica:
«... 74 fotografias, um livro editado pela Almedina* e que também recebeu o título "Agora Luanda" e o documentário "Mãe Ju" ... vão inaugurar na próxima quarta 28, o renovado espaço do Centro Cultural Português / Instituto Camões na Embaixada de Portugal em Angola ... "Agora Luanda" inaugura a programação das exposições de 2007 do Instituto Camões / Centro Cultural Português, um espaço na Embaixada de Portugal em Angola, emblemático na cidade..."
Extraído do artigo "Nova Luanda", publicado na revista Única, jornal Expresso de 24 de Março de 2007 (pp. 44-46).
* Salucombo, eu tive oportunidade, um dia destes, de folhear, na livraria Almedina (Coimbra), o livro em apreço (da dupla, Inês Gonçalves e Kiluanje Liberdade) e confesso que fiquei muito bem impressionado... Fico agora a aguardar a foto, publicada neste blog, alusiva à tua visita ao CCP/IC.
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