Dia 5
na noite anterior ficamos a saber que o regresso seria adiado porque hoje não haveria voo. depois, fomos informados de que afinal nem amanha seria a partida porque continuava sem haver voo! no terceiro dia de espera do nosso avião, preferimos não desesperar e saímos para nos distrair. visitamos a igreja em momento de missa, fomos ao hospital municipal do Chitado recentemente inaugurado mas que está com problemas de água e fomos banhar ao rio Luachimo.
agora que escrevo, tenho a tv ligada a RTP África, a edição de Março da revista Volta ao Mundo (excelente artigo sobre o caribe colombiano), o DVD Vicky Cristina Barcelona, uma marmita com bombo frito e a paz, a paz que me entra pela janela.
Dia 6
não regressamos ontem, não regressamos hoje e não vamos regressar amanhã. será? espero que não.
enquanto isso, aproveitamos, regressamos ao Kamakenzo e comemos milho cozido, ouvimos historias, brincamos com as crianças e assistimos a dança dos mukixes.
é bom ser inocente. as crianças, "não" ligam nenhuma ao sofrimento, elas, querem mesmo é brincar, sorrir e correr mesmo que a sua volta a miséria diga-lhes olá. as crianças, são inteligentes, sabem dar a volta ao que os adultos bloqueiam. no Kamakenzo, as crianças correm por tudo e por nada, correm para o carro que tentam se maguelar (pendurar-se na traseira do carro), correm atrás da bola feita em pé de meia que rola pela terra encarnada, correm ao encontro do Q. que tenta organizar a fila para distribuir os kit kat que trouxemos, e correm para melhor posição porque acreditam que as imagens captadas pela minha HD são para aparecer na televisão.
agora, recebemos a informação que amanhã o regresso esta confirmado, os suspiros de alivio vêem acompanhados da vontade de continuarmos por muito mais tempo ali por baixo da mangueira do mais velho M., sentados na esteira a ouvir as doces historias da sua juventude.
1 comentário:
Parabéns pelos posts.
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