sexta-feira, novembro 01, 2013

detalhes do 2º dia no Angola Food & Drink Festival

e como dizia a minha avô, o tiro saiu-me pela culatra! 

faz algum tempo que tenho acompanhado a “vida” do Chakall através daquilo que sai na imprensa e por gostar muito do gaijo, muitas vezes pesquisei por aí e talvez por isso quando soube que ele vinha para Angola parti logo do principio que seria a primeira vez dele aqui na banda. engano! 

a primeira vez que estive em Angola foi em 1999 e fiz uma viagem de barco de Cabinda para Luanda onde comi funge com muitas coisas e recordo-me principalmente que foi em Cabinda que comi a melhor papai da minha vida. 

o paragrafo anterior, resume com alguma irrealidade a conversa que tive com o Chakall no dia da conferencia de imprensa e me fez pensar, esse gaijo é um sortudo do caraças! ontem, no show cooking voltou a repetir a história no meio de um público que sorria com as historias de um chef que punha música, falava de mulheres, tocou saxofone, falou do Mandela, dançou, contou anedotas ao mesmo tempo que ensinava truques com cebolas e como descascar o gengibre, um gaijo tão alegre que conseguiu trazer as pessoas para próximo dele e criar o ambiente descontraído e feliz que geralmente acontece quando estamos sentados a mesa com um grupo de amigos, boa conversa e uma refeição super agradável.  

ontem, o momento da noite foi argentino mas houve tempo para temperos que vieram de outras partes do mundo. as filas de espera para degustar o João Carlos Silva, o Carlos da Graça e nosso Rui Sá era a prova de que dali vinham sabores que traziam água na boca e mesmo que por vezes as filas pudessem desagradar algumas pessoas, é importante que quem se desloca para um evento do género traga consigo algum excesso de paciência, boa disposição e muita disponibilidade para fazer boas conversas com gente conhecida e desconhecida ou não seria a mesa, o lugar para muitas conversas. 

a falta de luz para nos angolanos é uma praxe tão normalizada que as tantas até nos rimos do que está errado, a par de outros detalhes menos agradáveis para esse tipo de evento são questões que a organização terá de melhor ao longo do festival. chamou-me atenção o Chakall que apesar de algumas coisas que não corriam bem, em momento nenhum transmitiu para o público essa informação e na minha opinião é assim que deve ser. penso que quando somos atracção de qualquer que seja o evento e as coisas por vezes não correm bem, é com a organização que as coisas devem ser tratadas e não com público, porque o público está ali para ver a estrela e não para ser informado sobre se alguma falha e ontem foi assim, o gaijo concentrou-se no público e com muita simpatia pós todo mundo com sorrisos e água na boca. 

são em jantares de grupo de gente conhecida misturada com gente desconhecida que muitas vezes conhecemos pessoas interessantes. ontem conheci o Francisco Vidal, alguém que admiro, respeito e gosto muito, alguém que acompanho o trabalho de perto, alguém que não imaginava sequer um dia trocar o número de telefone, mas são essas coisas também que acontecem quando estamos sentados a mesa com um grupo de pessoas, boa conversa e uma refeição super agradável, enfim, são essas coisas que também devem fazer parte de um festival de gastronomia.
 

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