quinta-feira, abril 03, 2008

até ao dia que nada mais restará...



13 comentários:

CAMINHOS disse...

O progresso passa por cima de tudo.

Carmela disse...

Gostei das fotos, me amarro em fotos.

Fernando Ribeiro disse...

Grandes superfícies vidradas reflectindo o sol tropical... Como se Luanda não fosse já uma cidade suficientemente quente, querem transformá-la num forno solar. Estes muadiés estão loucos!

Por outro lado, é verdade que a história de Angola foi trágica durante a colonização. Quer se goste ou não, ela foi o que foi e não há nada que possamos fazer para alterá-la. Não serve de nada tentar agora apagar os vestígios dessa colonização, como se ela nunca tivesse existido. Para o bem e para o mal, a colonização deixou profundas marcas em Angola. O que dela ficou, deve ser preservado. Um povo sem história é um povo sem memória.

Lis disse...

Portugal que desaparece de Angola, e Luanda como uma toca até explodir.

Koluki disse...

Ola’!

Ja’ por aqui nao passava ha’ algum tempo e por ter reencontrado a beleza e frescura daquilo (as fotos) que inicialmente aqui me atraiu, voltei a linkar este Attelier ao meu – enfim, de vez enquando todos fazemos reajustamentos, ainda que temporarios, dos nossos blogrolls, ne’?

Agora, essa maka da degradacao da arquitectura colonial as vezes deixa-me sem perceber muito bem o que realmente se passa – na realidade e/ou na cabeca das pessoas. Mas, Salucombo, tu que estas ai na banda, talvez me possas esclarecer estas preocupacoes:

1. Sera’ que ha’ uma intencao deliberada de se destruir esse patrimonio? Se sim, por parte de quem?

2. Havendo tantos bancos e outras instituicoes portuguesas (e.g. o Centro Cultural Portugues) em Angola, porque sera’ que Portugal nao assume um papel de lideranca na recuperacao e conservacao desse patrimonio?

3. Sera’ a arquitectura colonial o unico patrimonio historico de Angola destruido ao longo dos ultimos 30 anos?

Obrigada.

Salucombo_Jr. disse...

ziza,
é ziza ele passa por cima de tudo, mas tudo mesmo ao ponto que nem se apercebe quando é que já esta por cima dele mesmo!


varal experimental,
gostou é, eu também gostei de sua visita. volte cá.


denudado,
deixa-me dizer-lhe algo: as palavras dos cotas têm sempre um tom sábio que nunca devem ser desprezadas. eu gosto de lhe ler mesmo que seja na minha caixa de comentários.

a culpa também é daqueles que teimam em não aceitar que o passado seja ele doloroso ou saboroso não se apaga assim nem de maneira nenhuma. ele esta ali e jamais sairá de onde esta.
com a sua cegueira raivosa, esquecem-se do mal que estão a cometer as gerações seguintes privando-lhes do sabor visual que é ver estes edifícios que carregam com eles anos e anos de história desta Angola que infelizmente alguns comportam-se como se de um objecto pessoal se tratasse!
grande abraço


lis,
penso que a intenção seja esta, felizmente que temos a memoria coisa que construtora nenhuma chinesa nos vai tirar.
beijinhos



koluki,
os reajustamentos existem e são sempre bem vindos. grato pelo reenquadramento do attelier.

1 – antes pensava que não, mas hoje o meu acreditar esfumou-se perante tanta desordem! acredito que mesmo que isso seja uma maneira de apagar o passado porque alguns acreditam que assim também apagam a marca portuguesa da memoria, só assim se pode entender um Governo Provincial que da autorização a um cidadão "comum" de destruir a "sua" casa sem sequer preocupar-se com o valor histórico que a mesma tem.
mas afinal de contas e eu que não existia no famoso tempo colonial, será que não tenho o direito de saborear a parte boa daquilo que o colono fez?
perdoa-me, esqueci-me que eu não existo!

2 – entendo a tua ideia mas discordo dela, temendo uma segunda "colonização".
acredito sim que os problemas de africa devem ser resolvidos pelos africanos, porque vejamos:
os edifícios ali/aqui estão, não seria pedir de mais ao Governo Português que tivesse um bolo no seu orçamento que já é curto para manter conservado os prédios lá de africa porque os queridos nativos (perdoa-me o termo) não sabem o que fazer deles alem de parti-los?

3 – penso que não, basta entrar para o museu provincial da Luanda Norte e notamos o desleixo na conservação até daquilo que é nosso, apesar que tenho de confessar, existe muito boa gente a tentar inverter as coisas, mas como disse-me alguém nas minhas primeiras semanas na banda: se voltaste para remar contra maré, volta.

eu é que agradeço.

Koluki disse...

Salucombo,

Desculpa-me, mas vou ter que arriscar aqui parecer um pouco “maternalista” – um risco que me permito correr porque sou tua compatriota e podia ser tua mae (nao sou assim tao “velha”, mas o facto e’ que tenho um filho mais ou menos da tua idade) – e tambem um taaaanto longa, para te dizer o seguinte:

1. Tenta permitir-te a ti proprio um pouco mais de paciencia e reflexao sobre esse tipo de questoes. Acredita que a vida e’ curta e todo o tempo que pudermos utilizar para lidar com ela da forma mais sabia, responsavel e honesta possivel, nao sera’ tempo perdido;

2. Tenta investigar um pouco e acabaras por descobrir que todas as ex-potencias coloniais se envolvem, de uma forma ou de outra, na defesa dos seus patrimonios culturais no mundo e especialmente nas suas ex-colonias e isso passa normalmente pelo investimento em projectos de reconstrucao e manutencao, particularmente se essas ex-colonias tiverem passado por longos periodos de guerra. No caso de Angola, tal investimento (incluindo nao so’ financiamento, mas tambem ‘educacao cultural’ sobre esse patrimonio) seria ainda mais justificado pelo facto de a ex-potencia colonial nao ter sido alheia as razoes da guerra – bastaria, por exemplo, ter promovido e conseguido um processo de descolonizacao mais atempado, responsavel e assumido e, consequentemente, menos catastrofico…

3. Nos casos em que tal se verifica, tais projectos de investimento sao, via de regra, feitos em parceria com o pais alvo e sob acordos inter-governamentais: nao teem, portanto, necessariamente a ver com “neocolonizacao”. E, afinal, o que e’ mais passivel de ser considerado “neocolonizacao”? A manutencao de um patrimonio cultural, ou o dominio de praticamente todo o sector bancario (e seus respectivos recursos humanos) e outros sectores importantes da economia de um pais? E, ja’ agora, quantas dessas novas torres de vidro nao se destinarao, porventura, directa ou indirectamente, a bancos ou outros interesses economicos portugueses? Mas, independementemente de quem tem ou nao o ‘dever e obrigacao’, ou de quem tem ‘mais ou menos dinheiro’ (ja’ agora dir-te-ei que alguns projectos desse tipo sao patrocinados e financiados por instituicoes supra-nacionais, como a UE ou a UNESCO), eu falei em Portugal “assumir a lideranca” e isso pode resumir-se apenas a apresentar propostas/projectos concretos ao governo Angolano nesse sentido;

4. Toma, por exemplo, o caso da escola portuguesa que foi instalada, por Portugal, ha’ varios anos em Luanda: qual foi o seu objectivo? Certamente nao outro que a manutencao da lingua e da cultura portuguesa – porque nao pensar-se no mesmo tipo de investimento em relacao ao patrimonio arquitectonico portugues? E aqui permite-me um reparo, que faco com a melhor das intencoes e espero que nao te ofenda: tu tens serias deficiencias estruturais no dominio do Portugues, tanto do ponto de vista sintatico como do gramatical. Nao tens culpa, obviamente. E se eu me permito fazer esse reparo e’ porque tive a sorte (ou o azar, dependendo do ponto de vista…) de ter aprendido nao so’ com os meus pais, mas tambem com professores que, no tempo colonial em Angola e, anos depois da dipanda, em Portugal, dominavam bem essa lingua. E apesar disso, tambem vou dando os meus pontapes na lingua de Camoes, por ha’ mais de uma decada utilizar mais o Ingles, mas nao so’ por isso: e’ que o Portugues e’ mesmo dificil!

5. Ora, porque nao considerares que o tal governador provincial de que falas sofre de deficiencias estruturais em relacao ao entendimento e dominio das questoes da manutencao do patrimonio arquitectonico do mesmo tipo que tu demontras em relacao ao dominio do Portugues? Porque nao considerar que alguem te poderia acusar de deliberadamente adulterares a escrita da lingua portuguesa para “apagares a memoria colonial”? Faria isso algum sentido para ti? Para mim nao…

6. Agora, passemos aquele que e’ talvez o aspecto mais importante dessa questao: em qualquer economia bem gerida (excepto em paises socialistas/comunistas, que Angola, malgre’ tout, nunca foi… quando muito, Angola foi ate’ ha’ 6 anos atras uma economia de guerra) ha’ uma clara delimitacao do papel do estado na economia, mediante a qual os investimentos publicos devem ser reservados aos bens publicos. E a definicao de bens publicos pode ser mais ou menos lata, mas e’ clara o suficiente: em termos gerais, e’considerado “bem publico” aquele que pode ser usufruido por qualquer membro do publico. Aqui poder-se-ha defender que a traca arquitetonica portuguesa (tal como outros bens do patrimonio historico de Angola) e’ um “bem publico” na medida em que qualquer membro do publico ao apenas poder olhar para ela estara’ a usufruir de um “bem cultural”. Ate’ ai muito bem. Mas poe-se entao a questao de saber, em termos mais estritos, se um determinado bem considerado “cultural” e’ “publico” ou “privado”? Isto e’, e’ propriedade do estado ou de um particular? E aqui as aguas do orcamento do estado teem que ser separadas: se e’ publico, cabe ao estado nele investir, se e’ privado, isso cabe ao particular que o possui. O papel do estado ai deve limitar-se a legislar e regulamentar os criterios da sua planificacao e manutencao;

7. Do ponto anterior segue-se que: em qualquer pais, mas mais fundamentalmente num pais com os niveis de pobreza que Angola apresenta, quais devem ser as prioridades dos gastos publicos? Nao me parece haver muito lugar para duvidas que elas devem ser direccionadas para os “bens indubitavelmente publicos”, isto e’, aqueles sem os quais nao havera membros do publico suficientes para usufruirem de “bens culturais”, sejam eles portugueses ou nao e por melhor mantidos que sejam. Falamos aqui de Saude, Alimentacao, Educacao, Sanidade e Saneamento, Transportes e Emprego, so’ para citar os mais vitais. E e’ para essas areas que as reivindicacoes do “publico em geral” sao geralmente e devem ser direccionadas, nao so’ em Angola e nao so’ em paises subdesenvolvidos, como em todo o mundo. E e’ tambem por essa razao fundamental que os governos interessados na manutencao do seu patrimonio cultural no mundo, com ou sem o apoio de instituicoes financeiras ou culturais internacionais, teem interesse em investir nesse patrimonio – porque esse investimento nao cabe estritamente ao governo do “pais herdeiro”. Ora, tais governos interessados poderao tambem ter consideraveis restricoes aos seus orcamentos publicos disponiveis para esse efeito e nesses casos recorrem as suas instituicoes privadas, sejam elas bancos ou fundacoes culturais especificamente criadas para tal. E aqui o papel dos bancos privados, por isso falei nos bancos portugueses em Angola, na aquisicao desses bens e/ou na concessao de financiamento para a sua manutencao.

Portanto, em resumo, a mensagem que te pretendia transmitir e’ que, como “nativos” que todos somos, nao nos ficaria nada mal um pouco de humildade em relacao as nossas proprias limitacoes de todo o tipo. E, tambem, que precisamos, principalmente voces da geracao mais jovem, de ter uma atitude mais proactiva/positiva, e menos reactiva/negativa, mas sobretudo mais pragmatica e menos ideologica, em relacao a reconstrucao do nosso pais em todos os dominios – ate’ porque ja’ deviamos andar todos cansados de guerras por causa de ideologies que pouco ou nada teem a ver connosco...
Nao pretendo com isto dar uma de ‘patriota’, e muito menos ‘patrioteira’, ate’ porque tambem tenho as minhas criticas em relacao ao modelo de crescimento, incluindo a essas torres de vidro, que esta’ a ser seguido em Angola – criticas essas que fiz publicar nacional e internacionalmente. Mas acontece que, tendo visto o que ja’ vi por Africa e pelo mundo afora, acho que muito potencial talento, incluindo o teu, e’ desperdicado em Angola em causas mal direccionadas. Desculpa la’, mas essa e’ a minha sincera opiniao…

Finalmente, apenas uma nota de “humor seco”: talvez nao te fizesse mal um pouco de “neocolonizacao”, para poderes ter a oportunidade de viver um pouco desse tal “tempo do colono”, do usufruto do qual alguns “nativos” te privaram…

;-)

Salucombo_Jr. disse...

koluki,
antes de mais deixa-me dizer que já no primeiro comentaria fiquei com a impressão que usa uma linguagem com algum conhecimento técnico, o que me fez lembrar minha mãe (que é historiadora) quando a gente tem este tipo de debate e que de alguma maneira é bom para minha aprendizagem.

1 – reflexão e paciência existem, talvez na medida incerta mas isso também é causado pela “adrenalina” da juventude. nesta idade infelizmente achamos sempre que estamos certo e talvez por isso sempre me senti mais confortável no meio de adultos…

2 – não discordo das politicas das ex-colónias que defendem a defesa do “seu” património cultural, mas se reparar mesmo nos países em que isso acontece foi porque lhes foi permitido aplicar tais politicas, facto que tenho algumas reticencias para o caso de Angola. mesmo não estando de acordo que assim seja pergunto-me, será que Portugal não faz porque não quer ou porque não deixam?
nisso vou dar um exemplo:
não sou historiador mas sei que o Palácio de Ferro é um edifício do tempo colonial que alem de Angola também foi construído pelos portugueses noutras paragens como Moçambique, São Tomé e Príncipe, etc (cito apenas as que tenho certeza). pois bem, vejamos o caso de Angola, para reconstrução do mesmo foi contratada uma empresa brasileira que simplesmente pós o edifício no chão e substitui por uma replica que a olho nu nota-se com tanta facilidade as diferenças entre o passado (original) e o presente (uma replica de cor amarela!!!). não digo com isso que a obra não poderia ser adjudicada à uma empresa brasileira, mas é um facto que aquilo que lá esta é tudo menos o Palácio de Ferro.
e então a quem devemos pedir responsabilidades, aos portugueses que deveriam aplicar politicas de conservação deste património ou aos responsáveis do estado angolano que chefiaram este processo?
não acredito que o Ministério da Cultura não tenha técnicos qualificados para acompanhar este tipo de projectos.

3 – o argumento é correcto e real, mas é preciso admitir também que para manutenção de um património cultural a apresentação de propostas/projectos não tenham única e exclusivamente de vir de fora, ou seja, o “assumir a liderança” pode ser interno e ajuda de Portugal ser um complemento. a falta de informação da sociedade civil, muitas vezes leva a gente a pensar assim, porque sinceramente fico com duvidas se propostas do género nunca foram apresentadas por ninguém sem serem as ditas instituições supra- nacionais. aqui, ninguém informa nada, é como se as pessoas simplesmente não existissem, a gente assusta e o que estava ali simplesmente sumiu, mas isso já é um outro tema.

4 – a escola Portuguesa é legitima como a Casa de Angola em Portugal também o é, concordo plenamente com o seu pensamento.
sobre o reparo, deixa-me dizer-lhe o seguinte:
sei que a minha escrita é deficiente e seria um pouco deselegante consigo se me ofendesse com a sua critica, que alias mesmo as mais agressivas tem o seu ponto positivo. tenho feito um esforço para mudar até porque sou copywriter (redactor publicitário, gosto mais da expressão em inglês) e o meu dia a dia é escrever, mas no blog me sinto livre, e como já deve ter notado não faço esforço algum para mudar, não escrevo artigos nem crónicas, aquilo são palavras que descem da mente para ponta dos dedos ou do coração como alguns dizem.
mas sabe, hoje a frontalidade é uma “espécie” bastante rara.

5 – considerar eu considero, mas as minhas deficiências eu assumo sem qualquer problema, porque o grave seria se não o fizesse e ainda fosse arrogante com aqueles que tentassem passar-me a mensagem de que estava com deficiências.
até posso ser acusado de adulterar o português, mas quem o fizer tem que estar ciente que as línguas não são coisas estagnadas, sempre sofrerão alterações, já os factos históricos do passado devem ser mantidos ou contados tal como eles foram, penso eu assim.

6 – concordo com tudo, resumindo o que falta é legislar e regulamentar estes mesmos critérios ou o estado esta a espera do dia que nada mais restará para assumir o papel que de facto lhe compete.

7 – seria assim se de facto notássemos que as prioridades do estado fossem para áreas vitais que bem mencionou, mas a verdade é que as prioridades muitas vezes se não na sua maioria (sem querer ser radical) tem sido para áreas do esbanjamento.

sobre o desperdício de talento em causas mal direccionadas, deixa-me dizer-lhe que as escolhas são individuais, uns preferem ser mudos, outros surdos, há quem escolha a cegueira e muitos outros a ironia, enfim cada um sabe o porque e mesmo que lamentemos o importante é respeitar.
a minha geração é estranha, eu próprio não me revejo nela o que torna ainda mais esquisito, alguém que não se revê em si mesmo. agora, é necessário analisar o porque de tudo isso, afinal o que correu ou esta a correr mal.

uma “neocolonização”, quem sabe, se o tal tempo do colono da assim tantas saudades apesar de tudo que se passou é porque alguma coisa de muito forte aconteceu. é isso que tenho curiosidade de sentir.
;-)

Koluki disse...

Apenas para agradecer as respostas pontuais e mais reflectidas e para dizer que, no entanto, perante elas nao tenho nada a retirar ou a acrescentar ao meu anterior comentario.

Anónimo disse...

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