no final de tudo, o que por cá deixarei, sem tréguas, esperara por mim no outro lado da barreira.
o cheiro, o som, o paladar, a textura, a cor a voz e até a arrogância da solidão, esperam por mim sem nenhum momento de trégua!!!
é por isso que as passagens criam em mim alguma dor. TUDO se mantém.
soundtracks da minha passagem:
Placebo - Running up that hill
Fingertips - Move faster
Fool's Garden - Lemon Tree
Kate Ryan - Desenchantee
Kings of Convenience - Love is no big truth
Stone Sour - Through glass
System of a Dwon - Arials
The Killers - Smile like you mean it
segunda-feira, dezembro 31, 2007
sexta-feira, dezembro 28, 2007
as mudanças, serão sempre dolorosas...
passaste sem que te notasse o rosto,
mas tocaste-me assim, que será difícil desfazer-me do teu cheiro.
o passado tortura-me
o presente angustia-me
o futuro é 2008
mas tocaste-me assim, que será difícil desfazer-me do teu cheiro.
o passado tortura-me
o presente angustia-me
o futuro é 2008
segunda-feira, dezembro 24, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
para ti que nunca me lês
não escrever-te, tem sido uma luta desigual entre a minha mente e os meus dedos.
cada um quer o oposto.
cada um quer o oposto.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Os passos
De quem são estes passos? De uma pessoa que morou aqui antes de nós, de ti, de mim que não paro quieto para diante e para trás no corredor, à procura de não sei quê, a tentar desembaraçar-me de não sei quê, a pensar não sei em quê, com medo? Não acredito que meus porque não ando assim neste ritmo, com um dos sapatos mais pesado que o outro, as tábuas não costumam estalar quando caminho e agora estalam, as paredes não costumam vibrar e agora vibram, o pajem de porcelana estremece na cómoda, sente-se a respiração das cortinas, uma vidraça a tremer, uma pausa e logo a seguir os passos de novo. Não me mintas, não me escondas nada, de quem são estes passos que se detêm à entrada da sala, me espiam, continuam? Ouvem-se solas de sapatos novos que parecem rãs de charco, uma respiração acho eu, de tempos a tempos um suspiro que se aproxima e afasta, esses sons da garganta que antecedem a fala e não falam, desistem, dão ideia de se ir embora e não se vão embora, não me deixam, de quem são estes passos? Se eu pudesse levantar-me da cama, vestir o roupão, ir ver. Olha, apareceu-me agora isto de repente, será a morte? Não me cheira que seja a morte porque a morte é uma mulher e os passos de homem ou pelo menos de uma coisa parecida com um homem embora mais pesada que um homem, um fantasma não porque os fantasmas leves e sem sapatos e depois, que eu saiba, os fantasmas não coxeiam nem fazem ruído algum, se calhar é o sangue nos meus ouvidos, qualquer coisa em mim, uma peça sei lá, que se desregulou a cambaleia, se o médico me abrisse a barriga o que encontrava dentro?
(...)
António Lobo Antunes
/encontrei prazeres na escuridão, que cá fora não os vejo/
Günter Grass
O que é uma boa história?
[pausa prolongada] É uma história que... [hesita] leva o leitor a conhecer coisas que pensa (acha, julga) sob um novo ponto de vista. Apresentar-lhe uma perspectiva nova de algo com que está familiarizado pode ser uma boa história. Ou quando se escreve sobre o passado e se recua à História e não existem documentos, mas supõem-se que as coisas podem ter sido assim e assim. Se, enquanto escritor, se está em condições de inventar os documentos inexistentes – mentir de uma forma verosímil - , com um bocado de sorte, podem sair daí boas histórias.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
sexta-feira, novembro 30, 2007
estado mental
Às vezes lembro-me de coisas que nunca aconteceram. Assim como nos esquecemos da realidade passada. A que passou. É normal, não é? Sonhamos mais do que vivemos, na realidade. Brincar com às palavras é legendar os sonhos mais inexplicáveis, é desbundar segmentos de pensamentos entrosados e inacabados. Na maior parte dos casos isso não vale de nada para os outros. Resulta apenas em nós, distraindo-nos e adiando os confrontos diários que temos com o mundo material. No VH-I passa um vídeo antigo da Madonna, o «Material Girl», em que Madonna sonha ser Marylin Monroe. Jóias de imitação atiradas aos pombos! Pombos que comem migalhas e não voam. Bem, o melhor é voltar ao arquivo, tentar descobri nas noticias inventadas sobre factos reais chave do presente. Procurar no passado às impressões que ficaram, aquelas que resistiram à historia, que não foram simplesmente apagadas pelos homens ou levadas pelo vento. Não desisto. Preciso de legendas certas para às minhas imagens.
Miguel Angelo, A Resistente
quinta-feira, novembro 29, 2007
quarta-feira, novembro 28, 2007
sábado, novembro 24, 2007
personagens dos meus dias I
assim que abri a porta, entrou-me aquele cheiro desagradável bem característico desse tipo de lugar.
na cave, ao fundo, a paisagem igualava-se aquela que se vê em muitos partes do mundo, uma fila enorme de pessoas sentadas, aguardavam pela sua vez. sentei-me, abri o livro e aguardei a minha vez.
...
aguarda aqui, vou buscar às coisas de que necessito. disse-me ela.
...
comeste alguma coisa hoje?
hummm...
se estas a pensar muito, é porque vás mentir. não mintas.
não, estou a pensar para ver se me lembro!!!
só tomei um copo de leite.
esta bem. o soro vai ajudar a melhorar a tua fraqueza.
deita-te, se não fosse pela tua idade, ainda podias ficar sentado.
esta a doer?
não.
se estiver avisa-me. não faças movimentos com este braço.
esta bem.
vou picar-te no dedo para tirar sangue para as analises.
ok, não faz mal.
a dor é enorme, mas é rápido.
silencio
é verdade, eu não suporto esta dor.
é boa a táctica da dor enorme...
aie, não doeu?
hummm...
então posso voltar a picar?
silencio
a tua pele é dura.
agora já doeu um pouquinho.
já esta, qualquer coisa chama por mim.
naquele instante, percebi a falta que o ipod me iria fazer.
olhando aquelas paredes brancas e creme e a conversa entre duas vozes femininas que não conseguia ver-lhes o rosto, nada mais podia fazer.
chamar-lhe? faltava-me o nome e o motivo para fazer-lhe regressar a mim.
contive-me a lembrar as imagens que retive daquele momento em que tivemos o nosso teta a teta. eu deitado, e ela em pé, fazendo o seu trabalho:
cabelo apanhado, pele lisa, óculos clássicos, olhos semi-inchados, voz aguda e dentes brancos e alinhados como os traços de uma passadeira para peões.
...
hummm, hoje vais dormir aqui connosco.
sorri
estou a brincar.
...
uma outra pessoa tirou-me o objecto introduzido na veia do braço pelo qual o soro descia, e com uma única frase disse-me:
estas dispensado.
levantei e fui.
de saída do hospital, ainda pensei. por onde anda a minha enfermeira?
nunca mais voltei a vê-la.
sexta-feira, novembro 16, 2007
alegria pura
quarta-feira, novembro 14, 2007
Luanda deitou e acordou de baixo de chuva...
quinta-feira, novembro 08, 2007
quarta-feira, novembro 07, 2007
para ti que nunca me lês
O chocolate não cura a falta de amor, mas ajuda muito.
lê-se no interior da loja Cacao Sampaka, que na quarta-feira abriu no segundo piso do Amoreias Shopping Center em Lisboa
lê-se no interior da loja Cacao Sampaka, que na quarta-feira abriu no segundo piso do Amoreias Shopping Center em Lisboa
segunda-feira, novembro 05, 2007
personagens dos meus dias
olhos rasgados, cabelo apanhado, lábios perfeitos, cara meio tímida e tem a pele acastanhada, menina linda que de segunda a sexta cruzo-me na caminhada para o trabalho.
na tentativa em vão de sacar-lhe o nome, resolvi dar-lhe um do meu agrado. Lolita, assim passei a chamar-lhe em voz silenciosa ou como sempre faço ao cruzarmo-nos num gesto mudo digo-lhe, bom dia Lolita, ao que ela responde com a maior das indiferenças!!!
tentei sentir-lhe o cheiro, mas a velocidade relâmpago com que nós cruzamos apenas dá-me tempo para observa-lhe os movimentos a partir do canto esquerdo da lente dos meus óculos escuros. dava algumas coisas para ter a certeza que cheira a palmolive natural com leite de amêndoas e que faz depilação completa.
é, Lolita, a menina de sobrancelhas finas que me faz sorrir naqueles dias que ao me levantar só me apetece é deitar, é aquele sorriso que muito gostaria que a mim fosse dirigido, que transforma aquele instante em que nos cruzamos de cima para baixo no momento mais in da minha manha.
passaram-se alguns dias que não me cruzava com a personagem principal das primeiras horas da minha manha, e isto, incomodava-me bastante, ao ponto que hoje ao aperceber-me que ela vinha subindo tive a ousadia e o atrevimento de perguntar-lhe:
então, por onde tens andando?
nota:
e porque todas às personagens têm direito a sua banda sonora, Lolita não seria excepção.
Música: I Can`t Be With You
Álbum: Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?
Banda: The Cranberries
segunda-feira, outubro 22, 2007
Marília Gabriela
...
O ser humano não é flor que se cheire. É cruel.
O ser humano é intrinsecamente bom? Não, não é. Ele gostaria de ser, mas não é. E quando ele faz questão de ser bom, já aí reside uma certa maldade. Porque para se ser parece que é preciso ser melhor do que os outros. E também ai reside já uma certa vaidade, excessiva, um defeito desse ser humano complicado.
...
O ser humano não é flor que se cheire. É cruel.
O ser humano é intrinsecamente bom? Não, não é. Ele gostaria de ser, mas não é. E quando ele faz questão de ser bom, já aí reside uma certa maldade. Porque para se ser parece que é preciso ser melhor do que os outros. E também ai reside já uma certa vaidade, excessiva, um defeito desse ser humano complicado.
...
sexta-feira, outubro 19, 2007
Orlando Azevedo
segunda-feira, outubro 01, 2007
sexta-feira, setembro 28, 2007
para ti, que nunca me lês!
sou assim como sou, porque é assim que gosto de ser.
não sou como queres que eu seja, porque não é o que quero ser.
não sou como queres que eu seja, porque não é o que quero ser.
segunda-feira, setembro 24, 2007
Mahamet Annadif
Deixem os africanos apropriarem-se do seu futuro...
Consultem os africanos antes de decidirem no seu lugar. Ajudem os africanos a desenvolverem-se. Não façam o que é bom para os africanos, no lugar deles.
(...)
Consultem os africanos antes de decidirem no seu lugar. Ajudem os africanos a desenvolverem-se. Não façam o que é bom para os africanos, no lugar deles.
(...)
quarta-feira, setembro 19, 2007
terça-feira, setembro 18, 2007
duvidas...
não teres nada mais para dizer e continuares a escreveres é um crime,
porque não tem o direito de continuar a escrever se não tem nada para dizer.
Sam The Kid in Poetas de Karaoke
porque não tem o direito de continuar a escrever se não tem nada para dizer.
Sam The Kid in Poetas de Karaoke
quarta-feira, setembro 12, 2007
Manu Chao
...
ali [Bamako, capital do Mali], comprovei que a lentidão não é negativa, como nos ensinam na escola. para um viciado da velocidade como eu, parece uma bofetada na cara. temos de entender que ficar para tomar um chá e comer pode levar o dia todo. e aprendi que dormir não é perder tempo; é um direito, ao qual não vou renunciar. dormir dez horas, passar um dia sem fazer nada são liberdades bonitas.
...
ali [Bamako, capital do Mali], comprovei que a lentidão não é negativa, como nos ensinam na escola. para um viciado da velocidade como eu, parece uma bofetada na cara. temos de entender que ficar para tomar um chá e comer pode levar o dia todo. e aprendi que dormir não é perder tempo; é um direito, ao qual não vou renunciar. dormir dez horas, passar um dia sem fazer nada são liberdades bonitas.
...
quinta-feira, setembro 06, 2007
foi a escuridão que se foi!!!
At last the secret is out,
As it always must come in the end,
The delicious story is ripe to tell
To tell to the intimate friend;
Over the tea-cups and into the square
The tongues has its desire;
Still waters run deep, my dear,
There's never smoke without fire.
Behind the corpse in the reservoir,
Behind the ghost on the links,
Behind the lady who dances
And the man who madly drinks,
Under the look of fatigue
The attack of migraine and the sigh
There is always another story,
There is more than meets the eye.
For the clear voice suddenly singing,
High up in the convent wall,
The scent of the elder bushes,
The sporting prints in the hall,
The croquet matches in summer,
The handshake, the cough, the kiss,
There is always a wicked secret,
A private reason for this.
Carla Bruni in At Last The Secret Is Out
arara de nome e espécie
arara, foi assim que disseram que se “chamava”, e eu com o meu apagão no mundo da avicultura achei que fosse um papagaio de nome arara!
um telefonema e uma passagem pelo google, ensinaram-me algumas coisas:
estão presentes em quase toda a América do Sul, principalmente na Colômbia, Peru, Venezuela, norte da Argentina e no Paraguai.
preferem as regiões de grandes rios, cerrados e matas.
são capazes de viver até 45 anos (esta, disseram-me que tem 16!)
...desde os primórdios da colonização brasileira o hábito indígena do xerimbabo foi observado e absorvido pelos colonizadores, araras eram capturados ainda filhotes para servirem de mascotes. este hábito tornou-se arraigado na cultura brasileira e acabou por gerar um amplo e ilegal comercio desta espécie. dados extras oficiais relatam que mais de 10.000 filhotes de araras são retirados da natureza por ano para serem vendidos em grandes centros ou até mesmo no exterior de forma ilegal.
a "menina" da foto veio da África do Sul, e até as quinguilas* que estavam por perto falaram-me muito bem "dela"
linda...
*senhoras que fazem negocio com a troca da moeda nacional com a estrangeira e vice versa.
!!!
cruzava-me todos os dias com elas no caminho de casa para o salo* e vice versa.
hoje, para o meu espanto uma foi “morta”. servia de casa de banho para muitas pessoas e o cheiro era horrível!
então ao invés de “mata-las”, porque não reabita-las para que lhe demos o uso e o nome devido:
cabines telefónicas.
*trabalho
hoje, para o meu espanto uma foi “morta”. servia de casa de banho para muitas pessoas e o cheiro era horrível!
então ao invés de “mata-las”, porque não reabita-las para que lhe demos o uso e o nome devido:
cabines telefónicas.
*trabalho
segunda-feira, agosto 06, 2007
quarta-feira, agosto 01, 2007
terça-feira, julho 24, 2007
para ti, que nunca me lês!
na escuridão da noite,
o silencio tem por habito sussurrar-me o teu nome.
o silencio tem por habito sussurrar-me o teu nome.
alguma vez pensou como serão os dedos daquele que lemos?
arcoires_s@hotmail.com
deixo aqui o meu e-mail, para que os interessados possam escrever para mim, descrevendo como imaginam que eu seja.
não sejam brutos, porque vou mostra-los a minha mãe!
deixo aqui o meu e-mail, para que os interessados possam escrever para mim, descrevendo como imaginam que eu seja.
não sejam brutos, porque vou mostra-los a minha mãe!
segunda-feira, julho 23, 2007
boa leitura
...
em Luanda táxi se chama candongueiro, é azul, é Toyota Hiace, não tem porta e cabem lá dentro até 50 pessoas. Tem motorista e tem o cobrador que vai metade dentro metade fora gritando o destino: “Éroporto, éroporto, Ávenida Brasil, Avenida Brasil, Rangel, Rangel”, etc.
O nosso Afonso Henriques queria, agora, ir para casa e fez sinal de paragem no candongueiro.
A tripulação do mesmo candongueiro esfregou os olhos, O qu’é qu’é qui o kota istá querendo? Pára ai, mano, vamos lhe tratar! Entra kota mundele, para onde estas querendo ir? Eu sou português e de Trás-os-Montes, vocês passam lá? Sim, kota, a gente passa lá.
O candongueiro ia vazio mesmo, naquela hora tão cedo de domingo, o publico ainda não circulava, estava nós maruvos.
- Hei, mano, vamos tratar aí do kota, vira ai no bairro do Quinanga.
E saíram do caminho, foram na avénida Agostinho Neto, meteram na terceira à direita, depois na esquerda, segunda, enfim se perderam no emaranhado propositado e pararam o candongueiro num local deserto, metia cagaço. Aí o dikota rabujou:
- Este não é o caminho para a Rua da Missão! Para onde me levais?
Oi kota mundele – estigou um dos mbumbus, tu nós vais dar o teu relógio e tua carteira e queremos o teu kumbú também. E lhe seguraram nós braços, sua força estava diminuída pela tibaria excessiva e Afonso Henriques foi roubado do relógio mais a caneta bonita, e da carteira lhe tiraram só os troco, mas lhe pregaram um susto.
As coisas aqui acontecem depois como se pode saber, se ninguém viu?
As oito e vinte da manhã, cubava o seu terceiro sono profundo um dos amigos do Zé, o Rui. Sente uns passos pesados de alguém que sobe a escada para o seu apartamento, até que batem violentamente na porta, pancadas pesadas, campadas, uma voz sortindo lamentosos jingolôlos.
Quem é? Sou eu, o Zé. Rui, vai-te embora deste pais, disse, ar esgazeado, roupa em desalinho, enquanto o Rui lhe abria a porta, roubam-nos tudo! O que foi? Que aconteceu? Roubaram-me no candongueiro, agarraram-me e queriam bater-me, O que te roubaram? O relógio que a minha mãe me deu a caneta de ouro e dinheiro da carteira, quanto? 15 dólares. Só tinhas isso?
E, então, veio a resposta surpreendente do kota mais camundongo da cidade: “O resto não me roubaram, pois quando ainda estava na buate, escondi o dinheiro no sapato!”
Era e continuou a ser sempre assim o Afonso Henriques kota mundele.
Luís Mascarenhas Gaivão em Estórias de Angola
sexta-feira, julho 20, 2007
post em (quase) tempo real
hoje, assim que acordei fiz o mesmo movimento de sempre, estiquei o braço e liguei a rádio luanda. a noticia era de um camião que caiu num buraco ali na rua onde fica Assembleia Nacional, e pelo que dizia o jornalista, muitos automobilistas avisaram ao motorista que conduzia o camião do perigo de ele tentar passar ali, mas como a teimosia foi maior deu no que deu!
hoje assim que cheguei na agencia fiz o mesmo movimento de sempre, abri o portátil e fui ver o e-mail. uma das primeiras mensagens dizia Dicas da Banda (fofoca fresca), e como o remetente nem é de enviar mails destes, a curiosidade bateu e fui logo ver. eram as fotos do tal camião.
como gosta de escrever o Pacheco Pereira (abrupto.blogspot.com), usando o attelier dos mangueirinhas em tempo real.
hoje assim que cheguei na agencia fiz o mesmo movimento de sempre, abri o portátil e fui ver o e-mail. uma das primeiras mensagens dizia Dicas da Banda (fofoca fresca), e como o remetente nem é de enviar mails destes, a curiosidade bateu e fui logo ver. eram as fotos do tal camião.
como gosta de escrever o Pacheco Pereira (abrupto.blogspot.com), usando o attelier dos mangueirinhas em tempo real.
quinta-feira, julho 19, 2007
Comprar Comentários
Já era possível comprar posts e subscrições para sites de social bookmarking, agora a nova ameaça à credibilidade da blogosfera parte de uma empresa que pretende vender comentários em blogs (http://www.buyblogcomments.com/) com o intuito de aumentar o SEO do comprador. Trocado por miúdos, mediante o pagamento de uma determinada verba, os responsáveis da empresa comprometem-se a colocar em vários blogs comentários credíveis deixando, obviamente, o link para a página escolhida por quem paga. Com isto procura-se claramente fugir ao software anti-spam que tem tornado a vida dos bloggers menos tormentosa com uma bela manobra de blackhatt.
Para além do problema óbvio da deturpação do princípio das caixas de comentários - a partilha de opiniões entre bloggers e leitores - esta situação írá colocar em causa a credibilidade de cada comentário que for deixado num blog. Se de facto, os comentários estiverem à altura do prometido e inserirem-se no tema do post onde são colocados, será muito difícil fazer a distinção entre comentários comprados e comentários “puros”. Dificilmente algum blogger, sobretudo aqueles que têm maior número de leitores e de comentários (os alvos preferenciais deste tipo de campanhas), irão ter tempo para monitorizar cada comentário individualmente.
Há ainda a questão de como os motores de busca - especificamente o Google - irão reagir a esta situação que tem como principal alvo precisamente o seu ranking de pesquisas. O mais provável é que, admitindo que esta situação atinge dimensões assinaláveis, o peso dos comentários e dos próprios blogs irá diminuir progressivamente.
Aquilo que eu não consigo entender é como é que estes pessoas não percebem que estes esquemas têm como desfecho último inutilizar os blogs como meios de comuniciação fiável! Ou seja, a compra de posts ou de comentários apenas irá levar a que tal se torne no futuro inútil porque o valor dos blogs em termos de SEO será praticamente nenhum! Basicamente estão apenas a “envenenar” lentamente a blogosfera contribuindo para a sua própria morte! Infelizmente irão levar muitas vítimas colaterais consigo!
gentilmente retirado (sem custos) do blog PubAddict.net
Para além do problema óbvio da deturpação do princípio das caixas de comentários - a partilha de opiniões entre bloggers e leitores - esta situação írá colocar em causa a credibilidade de cada comentário que for deixado num blog. Se de facto, os comentários estiverem à altura do prometido e inserirem-se no tema do post onde são colocados, será muito difícil fazer a distinção entre comentários comprados e comentários “puros”. Dificilmente algum blogger, sobretudo aqueles que têm maior número de leitores e de comentários (os alvos preferenciais deste tipo de campanhas), irão ter tempo para monitorizar cada comentário individualmente.
Há ainda a questão de como os motores de busca - especificamente o Google - irão reagir a esta situação que tem como principal alvo precisamente o seu ranking de pesquisas. O mais provável é que, admitindo que esta situação atinge dimensões assinaláveis, o peso dos comentários e dos próprios blogs irá diminuir progressivamente.
Aquilo que eu não consigo entender é como é que estes pessoas não percebem que estes esquemas têm como desfecho último inutilizar os blogs como meios de comuniciação fiável! Ou seja, a compra de posts ou de comentários apenas irá levar a que tal se torne no futuro inútil porque o valor dos blogs em termos de SEO será praticamente nenhum! Basicamente estão apenas a “envenenar” lentamente a blogosfera contribuindo para a sua própria morte! Infelizmente irão levar muitas vítimas colaterais consigo!
gentilmente retirado (sem custos) do blog PubAddict.net
este coment foi removido pelo administrador do blog
hoje apaguei um coment anónimo no post Ondjaki e suas estórias, porque achei não ser este o local ideal (como o próprio escreveu) para se falar sobre assunto exposto pelo caro anónimo. isso não significa dizer, que não esteja solidário com tudo o que escreveu, mas acredito que qualquer que seja a gravidade do assunto, quando tratado em fórum impróprio perde muito da sua importância.
por isso aconselho-o a enviar este mesmo coment para o email de alguns órgãos de informação e talvez assim consiga que a opinião publica tenha conhecimento como bem escreveu.
espero que isso não lhe faça parar de passar cá pelo meu cantinho.
obrigado.
por isso aconselho-o a enviar este mesmo coment para o email de alguns órgãos de informação e talvez assim consiga que a opinião publica tenha conhecimento como bem escreveu.
espero que isso não lhe faça parar de passar cá pelo meu cantinho.
obrigado.
quarta-feira, julho 18, 2007
Ondjaki e suas estorias
ontem estive pelas 18 horas no Centro de Formação de Jornalistas para o lançamento do mais recente livro do Ondjaki, Os da Minha Rua.
apesar de já ter lido o livro, fiz questão de estar presente porque nas apresentações das suas obras ele arranca boas gargalhadas da plateia com as sua estorias únicas. já em Matosinhos, quando lá estive para apresentação de As Sete Estradinhas de Catete do meu amigo Paulo Bandeira, lembro-me que Ondjaki contou uma cena sobre patos num baptizado aqui na banda, que acredito que alguns dos presentes acharam que fosse ficção, pois é, e tal como o conto do cão tinhoso, é mesmo verdade!
e ontem não foi diferente, a certo altura da conversa que ele manteve com a plateia falou de algo interessante. dizia ele que uma vez foi convidado para ir a Suíça apresentar o seu livro, e como não é segredo para ninguém aquilo lá é o pais da organização, tudo no lugar, ninguém se atrasa para nada(talvez seja por isso que têm muitas marcas de relógio famosas), e se calhar tudo isso dificulta um pouco mais os escritores de lá a escreverem sobre o quotidiano deles. já em Angola é o oposto, e basta a “qualquer” pessoa atravessar a estrada do rocha pinto, para logo a seguir ter mais de 10 estorias para contar! e atenção, nenhuma delas será ficção.
apesar de já ter lido o livro, fiz questão de estar presente porque nas apresentações das suas obras ele arranca boas gargalhadas da plateia com as sua estorias únicas. já em Matosinhos, quando lá estive para apresentação de As Sete Estradinhas de Catete do meu amigo Paulo Bandeira, lembro-me que Ondjaki contou uma cena sobre patos num baptizado aqui na banda, que acredito que alguns dos presentes acharam que fosse ficção, pois é, e tal como o conto do cão tinhoso, é mesmo verdade!
e ontem não foi diferente, a certo altura da conversa que ele manteve com a plateia falou de algo interessante. dizia ele que uma vez foi convidado para ir a Suíça apresentar o seu livro, e como não é segredo para ninguém aquilo lá é o pais da organização, tudo no lugar, ninguém se atrasa para nada(talvez seja por isso que têm muitas marcas de relógio famosas), e se calhar tudo isso dificulta um pouco mais os escritores de lá a escreverem sobre o quotidiano deles. já em Angola é o oposto, e basta a “qualquer” pessoa atravessar a estrada do rocha pinto, para logo a seguir ter mais de 10 estorias para contar! e atenção, nenhuma delas será ficção.
Burka Band
não sei se será a única, mas a verdade é que até ao momento nunca tinha visto uma girls band nascida no Afeganistão!
sexta-feira, julho 13, 2007
recargas
a caminho do beiral e já no bairro do cazenga, notei que a maioria dos motoristas dos candongueiros conduziam com um pacote encarnado na boca!
- cota Paulo, mas o que isso que eles tem a boca. perguntei eu.
- são recargas mo n´dengue.
- recargas!!!???
la o cota passou a explicar, que deram este nome a estes pacotes de whisky porque os motoristas quando bebem, sente-se recarregados! o tipo de carga é que já não sei explicar.
o mais estranho nisso tudo, é que os motoristas não se inibem de falar com os policias com aquilo pendurado na boca, até pelo que me pareceu todo mundo sabe das famosas recargas! são legais.
como sou um pouco curioso, na volta resolvi parar para comprar alguns pacotes e sentir o poder da recarga. as embalagens são de 50ml e é possível ler-se em caps lock RARE OLD ou BEST WHISKY de origem sul africana. já na casinha fiz o texte que não passou de um toque com a língua no liquido, mas quem sabe num outro dia com muita coragem consiga recarregar-me.
- cota Paulo, mas o que isso que eles tem a boca. perguntei eu.
- são recargas mo n´dengue.
- recargas!!!???
la o cota passou a explicar, que deram este nome a estes pacotes de whisky porque os motoristas quando bebem, sente-se recarregados! o tipo de carga é que já não sei explicar.
o mais estranho nisso tudo, é que os motoristas não se inibem de falar com os policias com aquilo pendurado na boca, até pelo que me pareceu todo mundo sabe das famosas recargas! são legais.
como sou um pouco curioso, na volta resolvi parar para comprar alguns pacotes e sentir o poder da recarga. as embalagens são de 50ml e é possível ler-se em caps lock RARE OLD ou BEST WHISKY de origem sul africana. já na casinha fiz o texte que não passou de um toque com a língua no liquido, mas quem sabe num outro dia com muita coragem consiga recarregar-me.
os cotas do beiral
sexta-feira, julho 06, 2007
attelier, e mais bonito
hoje a Lita Duarte deixou um comentário, no qual perguntou o significado do nome atellier (com dois l´s) do mangueirinhas.
um outro amigo uma vez perguntou-me o porque dos dois t´s.
alguns leitores daqui, ao adicionarem o link nós seus respectivos blogs retiraram um t.
aproveitando isso, resolvi explicar de onde eles vieram.
como mais ou menos tentei explicar no “cabeçalho” do blog, a palavra mangueirinha surgiu por causa do grupo de miúdos que se reunia por baixo da mangueira da casa do GRANDE Henrique Abranches.
já o attelier (insisto nos dois t´s e num único l), surgiu porque num certo dia estes mesmos miúdos tiveram uma grande discussão porque uns diziam que ateliê se escreve com dois t´s e outros defendiam que não eram dois t´s mas sim dois l´s! depois de muitos gritos e sorrisos, os putos resolveram então ir tirar a duvida com o velho (maneira carinhosa como tratavam o Henrique A.).
após o silencio que se fez sentir, o velho disse:
a expressão francesa ateliê pode ser substituída pela palavra oficina, mas tenho a certeza que nenhum francês se ira chatear comigo se descobrir que escrevo com dois t´s por achar que assim fica mais bonito.
o silencio que se fez sentir a seguir, demonstrou que todos os putos concordaram com a resposta do velho.
tenho saudades dele.
um outro amigo uma vez perguntou-me o porque dos dois t´s.
alguns leitores daqui, ao adicionarem o link nós seus respectivos blogs retiraram um t.
aproveitando isso, resolvi explicar de onde eles vieram.
como mais ou menos tentei explicar no “cabeçalho” do blog, a palavra mangueirinha surgiu por causa do grupo de miúdos que se reunia por baixo da mangueira da casa do GRANDE Henrique Abranches.
já o attelier (insisto nos dois t´s e num único l), surgiu porque num certo dia estes mesmos miúdos tiveram uma grande discussão porque uns diziam que ateliê se escreve com dois t´s e outros defendiam que não eram dois t´s mas sim dois l´s! depois de muitos gritos e sorrisos, os putos resolveram então ir tirar a duvida com o velho (maneira carinhosa como tratavam o Henrique A.).
após o silencio que se fez sentir, o velho disse:
a expressão francesa ateliê pode ser substituída pela palavra oficina, mas tenho a certeza que nenhum francês se ira chatear comigo se descobrir que escrevo com dois t´s por achar que assim fica mais bonito.
o silencio que se fez sentir a seguir, demonstrou que todos os putos concordaram com a resposta do velho.
tenho saudades dele.
quarta-feira, julho 04, 2007
quinta-feira, junho 28, 2007
quarta-feira, junho 27, 2007
um comentário que virou post
Penso: logo escrevo.
Não posso deixar de passar por aqui; pois muito me agrada este espaço.
A palavra já te encontrou e elas dirão muito no silêncio da imagem.
Se à imagem revela o teu desejo, provavelmente serás acolhido por ela.
Bons dias, bons trabalhos...
o meu obrigado a Val Du [sem link] pelo comentário deixado no post ausência...
Não posso deixar de passar por aqui; pois muito me agrada este espaço.
A palavra já te encontrou e elas dirão muito no silêncio da imagem.
Se à imagem revela o teu desejo, provavelmente serás acolhido por ela.
Bons dias, bons trabalhos...
o meu obrigado a Val Du [sem link] pelo comentário deixado no post ausência...
terça-feira, junho 26, 2007
sexta-feira, junho 22, 2007
terça-feira, junho 19, 2007
sábado, junho 16, 2007
Paulo Flores
ontem, alusivo ao dia da criança africana. Patrícia Faria (negra caliente) uma das convidadas do Paulo.
pode parecer que apenas ande por ai em shows, a verdade é que a ultima semana o trabalho apertou, mas mesmo assim tive tempo de aceitar um convite para participar na casa Pensar e Falar Angola (http://blogdangola.blogspot.com).
pode parecer que apenas ande por ai em shows, a verdade é que a ultima semana o trabalho apertou, mas mesmo assim tive tempo de aceitar um convite para participar na casa Pensar e Falar Angola (http://blogdangola.blogspot.com).
terça-feira, junho 12, 2007
Sara Tavares
segunda-feira, junho 11, 2007
minha luanda
(...)
É bom não esquecer o peso da guerra na actual situação da cidade, pois um quarto, pelo menos, da população total do pais acabou por instalar-se em Luanda, em busca de segurança, sem que o Estado tivesse tido condições de responder adequadamente a esse fluxo. A guerra, entretanto, já terminou há cinco anos.
(...)
A única coisa que tem florescido, nós últimos cinco anos, é a especulação imobiliária.
(...)
num dos raros lugares do mundo onde não há falta de terra, os especuladores acham que ser “moderno” é edificar prédios de mais de vinte andares em áreas sem infra-
estruturas adequadas para suportar tais construções.
(...)
João Melo
É bom não esquecer o peso da guerra na actual situação da cidade, pois um quarto, pelo menos, da população total do pais acabou por instalar-se em Luanda, em busca de segurança, sem que o Estado tivesse tido condições de responder adequadamente a esse fluxo. A guerra, entretanto, já terminou há cinco anos.
(...)
A única coisa que tem florescido, nós últimos cinco anos, é a especulação imobiliária.
(...)
num dos raros lugares do mundo onde não há falta de terra, os especuladores acham que ser “moderno” é edificar prédios de mais de vinte andares em áreas sem infra-
estruturas adequadas para suportar tais construções.
(...)
João Melo
sexta-feira, junho 08, 2007
ALUGO O MEU CORPO
são por algumas coisas assim, que por vezes sinto a falta da tuga.
estou ansioso por ler este que é o primeiro livro de Paula Lee, mas como não posso me deslocar a feira do livro ou a fnac vou ter de aguardar mais algum tempo até que ele me chegue as mãos.
a autora, é a responsável pelo blog amante profissional (sem link) que de um ano para cá venho devorando os seus posts com enorme satisfação. gosto tanto de ler-lhe, que por vezes dou por mim a meio de um post com algum teor picante, mas sem sequer excitar-me! e o motivo é simples, as palavras dela nunca me levam a pensar em sexo apesar de este ser um dos “principais” tema do blog.
já me tinham avisado...
que iria ser assaltado!
entre o portátil, ipod e o telemóvel, felizmente para mim que a escolha do gatuno foi a menos dispendiosa. o telemóvel.
um dia, ainda escreverei o quão engraçado foi o assalto, mas por enquanto escolhi não falar do assunto.
entre o portátil, ipod e o telemóvel, felizmente para mim que a escolha do gatuno foi a menos dispendiosa. o telemóvel.
um dia, ainda escreverei o quão engraçado foi o assalto, mas por enquanto escolhi não falar do assunto.
quarta-feira, junho 06, 2007
José Gonzáles
para minha avô Tete, que levaste-a sem que ela tivesse tempo de dizer-me se sou ou não um bom neto!
segunda-feira, junho 04, 2007
estado mental
Quero mudar tudo!
Levar transfusões de água gelada e não sentir o sangue a ferver.
Fazer um transplante e colocar um coração de palha,
Com um coração de palha não saberei mais o que é doer,
Nem sentir, nem viver,
Mas também não morrerei a cada segundo que passa,
E não passa
Esta angústia, este tormento, este constante desassossego,
Este querer agarrar a vida pelos cornos
Torcê-la
Mudar-lhe os contornos
O rumo e a direcção.
Este querer segurar o mundo nas mãos
Achatá-lo, espalmá-lo, esmagá-lo,
Torná-lo plano e raso,
Tão raso e plano como me tornou a mim.
Quero mudar tudo!
Fazer uma remodelação completa como se eu fosse casa,
Deitar paredes abaixo e levantar novas paredes,
Mudar janelas para ter outra vista,
Que não esta que me enjoa,
E mudar portas para ter outras saídas
E sair e entrar por onde bem me apetecer.
Quero mudar tudo!
Quero mudar o rosto
Quero mudar o corpo
Quero mudar os olhos
Quero mudar a língua e falar outra ininteligível,
Ou calar esta para sempre
E de vez!
Quero enclausurar-me, encasular-me,
Entrar para um convento onde não se adore nenhum deus,
Partir para a Mongólia, para o Tibete,
Para qualquer outro país
Fim do mundo, cu de Judas
Onde não conheça o chão onde caio e parto a cara.
Ah… Como quero mudar tudo!
Merda! Não consigo mudar nada!
copy/paste no Erotismo na Cidade (sem link por culpa do Mac)
Levar transfusões de água gelada e não sentir o sangue a ferver.
Fazer um transplante e colocar um coração de palha,
Com um coração de palha não saberei mais o que é doer,
Nem sentir, nem viver,
Mas também não morrerei a cada segundo que passa,
E não passa
Esta angústia, este tormento, este constante desassossego,
Este querer agarrar a vida pelos cornos
Torcê-la
Mudar-lhe os contornos
O rumo e a direcção.
Este querer segurar o mundo nas mãos
Achatá-lo, espalmá-lo, esmagá-lo,
Torná-lo plano e raso,
Tão raso e plano como me tornou a mim.
Quero mudar tudo!
Fazer uma remodelação completa como se eu fosse casa,
Deitar paredes abaixo e levantar novas paredes,
Mudar janelas para ter outra vista,
Que não esta que me enjoa,
E mudar portas para ter outras saídas
E sair e entrar por onde bem me apetecer.
Quero mudar tudo!
Quero mudar o rosto
Quero mudar o corpo
Quero mudar os olhos
Quero mudar a língua e falar outra ininteligível,
Ou calar esta para sempre
E de vez!
Quero enclausurar-me, encasular-me,
Entrar para um convento onde não se adore nenhum deus,
Partir para a Mongólia, para o Tibete,
Para qualquer outro país
Fim do mundo, cu de Judas
Onde não conheça o chão onde caio e parto a cara.
Ah… Como quero mudar tudo!
Merda! Não consigo mudar nada!
copy/paste no Erotismo na Cidade (sem link por culpa do Mac)
sábado, junho 02, 2007
ontem foi o tal dia 1 de junho
quinta-feira, maio 31, 2007
para ti, que nunca me lês!
you can´t always get what you want – The Rolling Stones
i would die for u – Prince
love is blindness – U2
papa was a rolling stone – The Temptations
forever young – Alphaville
my way – Frank Sinatra
death wish – The Police
vontade de você – Danae
bye bye happiness – All That Jazz, BSO
stairway to heaven – Led Zepplin
my death – Scott Walker
candle in the wind – Elton John
cry me a river – Mary Wilson
death man walking – Bruce Springsteen
death man – Neil Young
many rivers to cross – Jimmy Cliff
with or without you – U2
porque me traíste tanto – A Naifa
debagnouma – Salif Keita
maybe tomorrow – Stereophonics
why? – Tracy Chapman
i have never walked alone – Tunde
goodbye my love, goodbye – Demis Roussos
i would die for u – Prince
love is blindness – U2
papa was a rolling stone – The Temptations
forever young – Alphaville
my way – Frank Sinatra
death wish – The Police
vontade de você – Danae
bye bye happiness – All That Jazz, BSO
stairway to heaven – Led Zepplin
my death – Scott Walker
candle in the wind – Elton John
cry me a river – Mary Wilson
death man walking – Bruce Springsteen
death man – Neil Young
many rivers to cross – Jimmy Cliff
with or without you – U2
porque me traíste tanto – A Naifa
debagnouma – Salif Keita
maybe tomorrow – Stereophonics
why? – Tracy Chapman
i have never walked alone – Tunde
goodbye my love, goodbye – Demis Roussos
quarta-feira, maio 30, 2007
recuso-me a viver numa prisão aberta
durante o tempo que estive nas bandas, ganhei alguns “vícios” que hoje em dia e em qualquer parte do mundo que esteja, nunca abdico deles, excepto claro se a bufunfa ou o tempo não permitirem. o danone, a meia de leite, o croissant com fiambre prensado, um cinemazinho, andar a pé sem alguma preocupação ou quando aos sábados ia ao quiosque da aviação naval (aveiro) comprar o jornal expresso, só para dar alguns exemplos.
geralmente quando mudo de habitar ou cidade, tento sempre manter aqueles hábitos que no novo local onde me encontro posso realizar, e só o suspiro substitui aquilo que sinto falta. muito suspirei por causo do hambúrguer do ramona (aconselho a quem se deslocar para aveiro) nós meses que vivi em lisboa ou a falta que senti da culinária mangolê quando estive em malta.
hoje, que estou em terras da kianda, aceito viver sem algumas destas coisas porque é impossível tê-las por cá. agora o que não aceito, é abdicar de outras que posso muito bem usufruir cá na banda.
falo do meu “vicio” de gostar de andar a pé, e o facto de familiares e amigos fazerem de tudo para que eu pare. até certo ponto entendo e respeito a preocupação deles, afinal de contas a cidade esta tão violenta ao ponto que por causa de um telemóvel pode-se perder a vida! a par dos gatunos, são os policias que não param de me chatear sempre que saio de maquina ao ombro, a porque é proibido fazer fotos na via publica como já escrevi uma vez aqui. talvez até esteja a ter uma reacção radical sem pensar nas consequências, mas a verdade é que me recuso a viver como um preso solto no meu próprio pais. já basta ter de chegar em casa e não há energia, tomar banho a corrolar (entenda-se banho de caneca) porque a agua foi, agora, terei de abdicar também de andar a pé?
só espero que depois deste desabafo, o próximo post não seja sobre a historia do assalto que sofri na maianga, kassenda ou na banda da samba que tanto gosto de olhar as pessoas.
geralmente quando mudo de habitar ou cidade, tento sempre manter aqueles hábitos que no novo local onde me encontro posso realizar, e só o suspiro substitui aquilo que sinto falta. muito suspirei por causo do hambúrguer do ramona (aconselho a quem se deslocar para aveiro) nós meses que vivi em lisboa ou a falta que senti da culinária mangolê quando estive em malta.
hoje, que estou em terras da kianda, aceito viver sem algumas destas coisas porque é impossível tê-las por cá. agora o que não aceito, é abdicar de outras que posso muito bem usufruir cá na banda.
falo do meu “vicio” de gostar de andar a pé, e o facto de familiares e amigos fazerem de tudo para que eu pare. até certo ponto entendo e respeito a preocupação deles, afinal de contas a cidade esta tão violenta ao ponto que por causa de um telemóvel pode-se perder a vida! a par dos gatunos, são os policias que não param de me chatear sempre que saio de maquina ao ombro, a porque é proibido fazer fotos na via publica como já escrevi uma vez aqui. talvez até esteja a ter uma reacção radical sem pensar nas consequências, mas a verdade é que me recuso a viver como um preso solto no meu próprio pais. já basta ter de chegar em casa e não há energia, tomar banho a corrolar (entenda-se banho de caneca) porque a agua foi, agora, terei de abdicar também de andar a pé?
só espero que depois deste desabafo, o próximo post não seja sobre a historia do assalto que sofri na maianga, kassenda ou na banda da samba que tanto gosto de olhar as pessoas.
terça-feira, maio 29, 2007
desculpe, aqui é mesmo assim
todos os dias ao andar por ai, oiço estorias, frases ou expressões, que se pudesse gravaria, porque só assim podia retê-las em algum local na certeza que no dia que necessitasse pudesse usa-la.
por cá, tem me feito alguma confusão o facto de algumas se não a maioria das pessoas ter uma “relação” bastante conflituosa com a expressão desculpa, o oposto do que acontece com a frase aqui é memo assim.
talvez esteja a exagerar, mas a verdade é que sempre que estou a espera de desculpe, oiço o foi sem querer! e sempre que reclamo com alguém sobre este facto oiço sempre o mesmo, aqui é mesmo assim! o que será que aconteceu? sou do tempo da escola 4, do dudu come matete, guloso ganga ou do aldrabado conto do menino n´gangula em que computador não fazia parte do meu vocabulário, andar de avião o sonho de muitas noites e nem lia fernando pessoa, mas mesmo assim, sabia que ao pisar alguém ou fazer qualquer coisa de errado, o foi sem querer nunca substituía o desculpe.
hoje, que até um “simples” computador é programado com expressões como desculpe, mas esta função não lhe permite aceder ao ficheiro x, é possível encontrar por ai muita gente que ache humilhante dizer a palavra chave, como disse uma amiga minha ontem depois de ver a sua mana mais nova espirrar na mesa.
aqui é mesmo assim, disse o motorista da carrinha branca que hoje pela manha, quase passou por cima de mim em pleno passeio! a resposta saiu com a rapidez com que o um vulcão lança a lavra: desculpe meu sr., aqui é mesmo assim o caralho!
por cá, tem me feito alguma confusão o facto de algumas se não a maioria das pessoas ter uma “relação” bastante conflituosa com a expressão desculpa, o oposto do que acontece com a frase aqui é memo assim.
talvez esteja a exagerar, mas a verdade é que sempre que estou a espera de desculpe, oiço o foi sem querer! e sempre que reclamo com alguém sobre este facto oiço sempre o mesmo, aqui é mesmo assim! o que será que aconteceu? sou do tempo da escola 4, do dudu come matete, guloso ganga ou do aldrabado conto do menino n´gangula em que computador não fazia parte do meu vocabulário, andar de avião o sonho de muitas noites e nem lia fernando pessoa, mas mesmo assim, sabia que ao pisar alguém ou fazer qualquer coisa de errado, o foi sem querer nunca substituía o desculpe.
hoje, que até um “simples” computador é programado com expressões como desculpe, mas esta função não lhe permite aceder ao ficheiro x, é possível encontrar por ai muita gente que ache humilhante dizer a palavra chave, como disse uma amiga minha ontem depois de ver a sua mana mais nova espirrar na mesa.
aqui é mesmo assim, disse o motorista da carrinha branca que hoje pela manha, quase passou por cima de mim em pleno passeio! a resposta saiu com a rapidez com que o um vulcão lança a lavra: desculpe meu sr., aqui é mesmo assim o caralho!
segunda-feira, maio 28, 2007
hoje é mau, amanhã é melhor
hoje, ao acordar, sinto que as coisas vão ser diferentes. mas também já senti isso doutras vezes e elas ficaram na mesma. mas há sempre a esperança... qualquer que seja o passo que dê, o numero que digite no telemóvel, o site que visite na net ou a companhia que escolha na noite, as coisas acabam por ir parar sempre ao mesmo sitio: ao leito da eterna invariabilidade.
já tentei quase tudo: mudar de emprego, de namorado, de penteado... mas volto sempre ao mesmo eu e ao respectivo grau de insatisfação. que raio! por que é que a vida real não acompanha as minhas constantes mudanças? pois é, não devo ser só eu a pensar assim, eu sei... mas quando olho para as caras dos meus colegas não vislumbro a ausência de expressão que encontro diariamente ao espelho. (...)
Miguel Ângelo em A resistente
ate descobrir como altero as definições (fontes, tamanho, etc) das letras em Macintosh, os post´s sairão assim. se não conseguir, rendo-me e só volto a usar o blogger em PC.
já tentei quase tudo: mudar de emprego, de namorado, de penteado... mas volto sempre ao mesmo eu e ao respectivo grau de insatisfação. que raio! por que é que a vida real não acompanha as minhas constantes mudanças? pois é, não devo ser só eu a pensar assim, eu sei... mas quando olho para as caras dos meus colegas não vislumbro a ausência de expressão que encontro diariamente ao espelho. (...)
Miguel Ângelo em A resistente
ate descobrir como altero as definições (fontes, tamanho, etc) das letras em Macintosh, os post´s sairão assim. se não conseguir, rendo-me e só volto a usar o blogger em PC.
quinta-feira, maio 17, 2007
que tudo isso, seja apenas uma fase...
este post não pretende procurar palavras para justificar a minha ausência deste attelier que com muito carinho criei, mas ao mesmo tempo procura encontrar em mim as sílabas que possam justificar-me a ausência de palavras que de algum tempo para cá tem mantido os meus dedos quase num estado hipnotizado.
não escrevo, não leio, não vejo filmes, não ando por ai a fotografar e nem oiço tanta musica como gostaria ou como habituei os meus ouvidos, e tudo isso me faz sentir num estado vegetável!
sexta-feira, maio 11, 2007
agradecimento
ao levantar-me do paludismo que me derrubou alguns dias atrás encontrei o comentário da amiga daniela mann que dizia: tens um presente a tua espera no meu blog!
fui lá pegar, e lá estava. thinking blogger award (blogs que fazem pensar).
fiquei satisfeito com a surpresa, ate porque nunca tinha sentido a sensação de receber um “óscar”.
a parte careta deste premio é que tenho de escolher 5 blogs para também lhes enviar o premio! desculpem-me, mas isso não vai acontecer. digam lá se não é uma tortura quando alguém pede-vos para dizer se gostam mais de beber agua ou de dormir?
um beijinho (com sabor a agua fervida) para daniela por me ter incluído na sua lista mais 5. brigadinha.
fui lá pegar, e lá estava. thinking blogger award (blogs que fazem pensar).
fiquei satisfeito com a surpresa, ate porque nunca tinha sentido a sensação de receber um “óscar”.
a parte careta deste premio é que tenho de escolher 5 blogs para também lhes enviar o premio! desculpem-me, mas isso não vai acontecer. digam lá se não é uma tortura quando alguém pede-vos para dizer se gostam mais de beber agua ou de dormir?
um beijinho (com sabor a agua fervida) para daniela por me ter incluído na sua lista mais 5. brigadinha.
segunda-feira, abril 23, 2007
de volta a terra de antonio variações
sempre soube que o dia que saísse da tuga, entre as muitas coisas que iria sentir suadades a meia de leite clara e o croassant com fiambre prensado estaria na linha da frente da lista.
a viagem foi sem turbulência, mas ma cheguei a corrida começou da portela a gare do oriente e de lá rumo a invicta cidade do porto. na pequena paragem que o comboio fez por aveiro, deu para notar que a nova estação esta completamente pronta e o velho edifício preparado para passar a museu, e pensei mais uma vez nas paredes velhas da minha luanda que todos os dias são reduzidas a pó, mas como se pode ver o passado e o futuro podem e devem andar de mãos dadas. nos próximos dias e com mais calma, tenho de ir passar algum tempo a cidade dos ovos moles e comer o melhor hambúrguer do mundo que é feito ali no ramona.
já em porto campanha, troquei o comboio pelo metro e a 1h e tal da tarde estava no meu destino. matosinhos. como o compromisso que me levou ao norte só iniciava as 15h, tive tempo para saborear um leitãozinho e andar um pouco na calçada “comum” (carros, metro e peões) que muito me agradou. o tempo estava bom, e a praia cheia de gente apanhando sol.
a hora combinada, estava a entrar para a biblioteca florbela espanca, onde fui assistir ao lançamento do livro as sete estradinhas de catete do meu amigo paulo bandeira, seguido de uma mesa redonda com o tema literatura em viagem. os artistas eram fernando venâncio (moderador, aproveito os parênteses para dizer que o homem canta poesia!), o paulo bandeira, o sérgio godinho, o senel paz (o cubando que escreveu o lobo, o bosque e o homem novo, leiam), a fátima pombo e o ondjaki que escuso de apresentar e que cada vez que abria a boca arrancava da plateia agradáveis sorrisos por causa das suas “estorias” sobre factos que só acontecem na nossa luanda. infelizmente, não pude ficar para presenciar o lançamento do seu no livro os da minha rua, que foi logo a seguir porque tive de regressar a lisboa.
uma tarde bem passada nas primeiras horas na tuga, mas agora o corpo só pede uma coisa. cama.
a viagem foi sem turbulência, mas ma cheguei a corrida começou da portela a gare do oriente e de lá rumo a invicta cidade do porto. na pequena paragem que o comboio fez por aveiro, deu para notar que a nova estação esta completamente pronta e o velho edifício preparado para passar a museu, e pensei mais uma vez nas paredes velhas da minha luanda que todos os dias são reduzidas a pó, mas como se pode ver o passado e o futuro podem e devem andar de mãos dadas. nos próximos dias e com mais calma, tenho de ir passar algum tempo a cidade dos ovos moles e comer o melhor hambúrguer do mundo que é feito ali no ramona.
já em porto campanha, troquei o comboio pelo metro e a 1h e tal da tarde estava no meu destino. matosinhos. como o compromisso que me levou ao norte só iniciava as 15h, tive tempo para saborear um leitãozinho e andar um pouco na calçada “comum” (carros, metro e peões) que muito me agradou. o tempo estava bom, e a praia cheia de gente apanhando sol.
a hora combinada, estava a entrar para a biblioteca florbela espanca, onde fui assistir ao lançamento do livro as sete estradinhas de catete do meu amigo paulo bandeira, seguido de uma mesa redonda com o tema literatura em viagem. os artistas eram fernando venâncio (moderador, aproveito os parênteses para dizer que o homem canta poesia!), o paulo bandeira, o sérgio godinho, o senel paz (o cubando que escreveu o lobo, o bosque e o homem novo, leiam), a fátima pombo e o ondjaki que escuso de apresentar e que cada vez que abria a boca arrancava da plateia agradáveis sorrisos por causa das suas “estorias” sobre factos que só acontecem na nossa luanda. infelizmente, não pude ficar para presenciar o lançamento do seu no livro os da minha rua, que foi logo a seguir porque tive de regressar a lisboa.
uma tarde bem passada nas primeiras horas na tuga, mas agora o corpo só pede uma coisa. cama.
sexta-feira, abril 20, 2007
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