São Paulo é uma cidade das alturas e se apanhamos uma janela a cima do decimo andar no momento do nevoeiro matinal tem-se uma vista brilhante.
na manhã em que fomos a Avenida Paulista não me deslumbrei assim tanto, os edifícios não deixam de ser lindos e em certos pontos encontra-te o passado ali metido muito bem conservado... mas edifícios lindos também existem noutras cidades por onde tenho passado, por dentro insistia comigo mesmo que não era aquele Brasil que vim ver.
a paragem seguinte, foi para matar uma curiosidade antiga... olhar a maior colónia japonesa fora do Japão e por isso fomos lá a zona dos olhos rasgados que como me foi informado tinham acabado de comemorar o centenário da sua vinda para o Brasil.
assim que se sai do metro (metrô aqui), vê-se o que é a integração! aquilo é organização total de um povo que um dia deixou o seu habitar para procurar outras condições... se não fossem bem recebidos, dificilmente este lugar seria hoje tão bem japonisado.
infelizmente, o museu e o jardim oriental se encontravam fechado, por isso ficamo-nos pelas ruas e lojas com objectos que jamais tinha visto ao vivo. aquelas chinelas (não me lembro agora o nome) das gueixas, os kimones, as porcelanas e até aqueles barquinhos em madeira onde é servido o sushi deixaram-me completamente encantado.
magnifico, no Brasil estive no Japão!
ao almoço, encontrei o Brasil que procurava!
depois de andar pela Avenida 25 de Março, fomos ao Mercado Municipal Paulistano, que é exactamente aquilo que faria do meu ex-kinaxixi se tivesse o comando do poder em mão.
lindo de morrer. o cheiro do queijo que se mistura com o de bacalhau, onde há o azeite, o presunto, as especiarias, os mariscos, a sardinha, as mangas e os sorrisos dos vendedores que dificilmente fazem-te evitar uma compra. de cima, vinha um aroma diferente que nos obrigou a seguir-lhe as pegadas até damos de cara com a frase:
O famoso e verdadeiro pastel de bacalhau. estávamos no Hocca, bar paulistano.
e a gula, quase que nos saia pela culatra, porque eram tão bons mas tão grandes os pasteis que nem chegamos ao pastel de camarão sem falar das sandes que ficaram pela metade. não entendo porquê que coisas como estas não aparecem nos guias turísticos! os pasteis são uma obra gastronómica!
antes de cá chegar li alguns e-mails e ouvi muitas pessoas, mas nenhuma delas falou-me de duas coisas que me fizeram apaixonar-me pelo Brasil. a primeira deve ser tão vulgar para os brazucas que talvez muitas não vêem beleza alguma neles, mas pessoalmente gostei muito do orelhão, principalmente aqueles que estão agrupados em quatro... é muito charme!
a segunda foi a arte que existe nas ruas deste país, acreditem, nesta terra o talento anda por ai. a qualidade dos grafites é muito boa e quando analisamos as mensagens que neles estão expostas, é difícil não nos perguntarmos se os grafiteiros (ouvi assim) não deveriam ser melhor aproveitados.
os dias têm sido bastante agradáveis, mas ao final há sempre alguma frustração porque queria andar mais vezes a vontade e ouvir menos acho que ai não deves levar a máquina fotográfica, que alias é o facto que me tem desagradado bastante, o medo!
não sou nenhum louco e tento respeitar o máximo o ponto de vista daqueles que me aconselham para este caminho, mas hoje mandei-os f... e fui fazer da forma que gosto, andar sozinho de mapa a mão, mochila as costas e máquina ao peito... disparei até não puder mais e voltei vivo desta batalha. ser anónimo tem uma sabor único.
e antes de partir, lá fui buscar o pastel com recheio de camarão.
na manhã em que fomos a Avenida Paulista não me deslumbrei assim tanto, os edifícios não deixam de ser lindos e em certos pontos encontra-te o passado ali metido muito bem conservado... mas edifícios lindos também existem noutras cidades por onde tenho passado, por dentro insistia comigo mesmo que não era aquele Brasil que vim ver.
a paragem seguinte, foi para matar uma curiosidade antiga... olhar a maior colónia japonesa fora do Japão e por isso fomos lá a zona dos olhos rasgados que como me foi informado tinham acabado de comemorar o centenário da sua vinda para o Brasil.
assim que se sai do metro (metrô aqui), vê-se o que é a integração! aquilo é organização total de um povo que um dia deixou o seu habitar para procurar outras condições... se não fossem bem recebidos, dificilmente este lugar seria hoje tão bem japonisado.
infelizmente, o museu e o jardim oriental se encontravam fechado, por isso ficamo-nos pelas ruas e lojas com objectos que jamais tinha visto ao vivo. aquelas chinelas (não me lembro agora o nome) das gueixas, os kimones, as porcelanas e até aqueles barquinhos em madeira onde é servido o sushi deixaram-me completamente encantado.
magnifico, no Brasil estive no Japão!
ao almoço, encontrei o Brasil que procurava!
depois de andar pela Avenida 25 de Março, fomos ao Mercado Municipal Paulistano, que é exactamente aquilo que faria do meu ex-kinaxixi se tivesse o comando do poder em mão.
lindo de morrer. o cheiro do queijo que se mistura com o de bacalhau, onde há o azeite, o presunto, as especiarias, os mariscos, a sardinha, as mangas e os sorrisos dos vendedores que dificilmente fazem-te evitar uma compra. de cima, vinha um aroma diferente que nos obrigou a seguir-lhe as pegadas até damos de cara com a frase:
O famoso e verdadeiro pastel de bacalhau. estávamos no Hocca, bar paulistano.
e a gula, quase que nos saia pela culatra, porque eram tão bons mas tão grandes os pasteis que nem chegamos ao pastel de camarão sem falar das sandes que ficaram pela metade. não entendo porquê que coisas como estas não aparecem nos guias turísticos! os pasteis são uma obra gastronómica!
antes de cá chegar li alguns e-mails e ouvi muitas pessoas, mas nenhuma delas falou-me de duas coisas que me fizeram apaixonar-me pelo Brasil. a primeira deve ser tão vulgar para os brazucas que talvez muitas não vêem beleza alguma neles, mas pessoalmente gostei muito do orelhão, principalmente aqueles que estão agrupados em quatro... é muito charme!
a segunda foi a arte que existe nas ruas deste país, acreditem, nesta terra o talento anda por ai. a qualidade dos grafites é muito boa e quando analisamos as mensagens que neles estão expostas, é difícil não nos perguntarmos se os grafiteiros (ouvi assim) não deveriam ser melhor aproveitados.
os dias têm sido bastante agradáveis, mas ao final há sempre alguma frustração porque queria andar mais vezes a vontade e ouvir menos acho que ai não deves levar a máquina fotográfica, que alias é o facto que me tem desagradado bastante, o medo!
não sou nenhum louco e tento respeitar o máximo o ponto de vista daqueles que me aconselham para este caminho, mas hoje mandei-os f... e fui fazer da forma que gosto, andar sozinho de mapa a mão, mochila as costas e máquina ao peito... disparei até não puder mais e voltei vivo desta batalha. ser anónimo tem uma sabor único.
e antes de partir, lá fui buscar o pastel com recheio de camarão.
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